Cinema, Direito, Literatura e “coautoria”

Foto: Um relato sobre os mares, peixes e pescadores.

Não raro, a boa atuação no cinema, seja ela na condição de protagonista ou de simples coadjuvante, deixa positiva marca performática na vida de um ator. Essa certeza se dá, também, em relação ao teatro e música; até mesmo, em razão da autoria de um livro, de um texto, enfim…

E sem a pretensão de ser nenhum hermeneuta do pensamento filosófico de ninguém, diria que me surpreendi com a análise de um insigne jurista e intelectual paraibano, quando afirmou, textualmente: “No cinema ou na peça artística, o desempenho individual faz toda diferença.”

Pelo argumento de sua coluna em A União, num desses últimos sábados (“Coautoria e 20 lugar”), certamente o nosso parceiro de jornal – senão no presente ou em tempos idos – terá sido um assíduo leitor das “coisas de cinema”. Justo, pela firmeza com que pondera sobre personagens famosos da história da Sétima Arte. E dá exemplos, inclusive, como os de Andy Garcia e Sean Connery, no clássico filme “Intocáveis”, dirigido por Brian De Palma, em primeira versão de 1987, ou mesmo de Al Pacino e Keanu Reeves, no clássico “Advogado do Diabo” (1997). Texto que nos levou direto às origens do autor, o desembargador Alexandre Luna Freire, também colunista de A União.

Bem posta sua colocação sobre a “coautoria” no Direito Penal, quando sentencia: “No delito ou no cinema, é raro e pouco talento a ser evidenciado pelo escritor, ator ou coadjuvantes, equiparar-se o destaque das posições, performance de quem não seja o mais lembrado figurante do enredo”.

Ajuizado aforismo do senhor magistrado a ser observado. Diria até que, mesmo sendo um defensor da minha honorável Ordem (OAB), quase sempre abdico da prática advocatícia, profissionalmente, em razão da “cumplicidade” que tenho com o cinema e o jornalismo. Não obstante, sempre pautando-me pelas normas defensíveis do Direito. E, oportunamente, aqui confirmando o célebre aforismo citado no artigo “Coautoria…”, atribuído ao Padre Vieira – o que “vem depois se não for melhor não se iguala” –, creio ser, igualmente importante, o que vem a seguir; apenas, como simples registro.

Esta semana, recebi de minha filha Alexandra, advogada tributarista de invejável atuação, uma obra que traz o selo da Academia de Ciências, Artes e Letras de Cabedelo, na Paraíba. Nele, a saga heroica dos verdadeiros “Homens do Mar”, organizado pela presidente da instituição, Tania Castelliano, com o prefácio de um velho amigo de minha filha, Jorge de Luna Freire. Detalhe: à página 81, um dos destaques maiores é “Contos e Causos de Homem do Mar”, saudoso registro (In memoriam) do filho Jorge Luna para o seu pai João Lelis de Luna Freire – 1909/1954. Como se verifica, Cinema, Direito, Literatura e “coautoria” têm tudo a ver. Notadamente, em razão ao tema que abordamos…


APC inscreve para nova diretoria

Academia Paraibana de Cinema continua com suas inscrições abertas, até o final deste mês de outubro, aos candidatos que desejem participar das eleições de Presidente, Vice e demais encargos de diretoria da instituição. 

A inscrição da chapa deve ser feita através de envelope lacrado, com os nomes de todos os pretendentes à diretoria, e endereçada à sede da APC, na Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa, no prazo estabelecido pelo edital, que foi publicado neste espaço, também pelo WhatsApp e Facebook (https://www.facebook.com/groups/AcademiaParaibanadeCinema)