Relembrando os 44 anos de Jurandy Moura

Jornalista Poeta E Cineasta Jurandy Moura
Foto: Jornalista, poeta e cineasta Jurandy Moura.

As memórias, o que é muito comum para quem escreve habitualmente, quase sempre nos chegam para relembrar aquele algo mais de impotente na vida. Já no ato de escrever, pelo que tenho notado, sempre existirá um motivo, uma demanda toda especial de rever o passado, os costumes, as pessoas…

Esta semana, motivado pela perda de mais um camarada dos tempos de cineclube e da Associação dos Críticos Cinematográficos da Paraíba, Carlos Aranha, as memórias sobre aqueles tempos se fizeram muito mais presentes. Especialmente, neste mês de novembro, que nos lembra mais um confrade e integrante de nossa Academia Paraibana de Cinema, Jurandy Mousa.

Conheci Jurandy Moura um ano antes dele falecer, quando eu já vinha editando o Segundo Caderno do jornal O Norte. Escrevia também uma coluna diária intitulada Tela e Palco, até 1981. Nessa época, editor geral era Evandro Nóbrega, com supervisão de Teócrito Leal e Marcone Góis. E solicitado pela professora Carmen Isabel Carlos Silva, então Coordenadora de Extensão Cultural (COEX) da UFPB, passei à sua assessoria de imprensa por um bom tempo. Isso ocorreu durante o reitorado Lynaldo Cavalcanti, quando ele foi para Brasília.

Servidor da UFPB, Jurandy Moura era também responsável pelo Museu da Imagem e do Som, que funcionava no centro da cidade, no prédio em frente ao cinema Municipal, depois, passando para as Trincheiras. Foi lá que passei a conhecer, de fato, Jurandy. Ele guardava vasto acervo de imagens e sons (fitas de rolos gravadas) do museu, numa sala de primeiro andar. O mesmo acervo que seria depois do Núcleo de Documentação Cinematográfica, agora no Campus I da UFPB. Época em que, mediante portaria também do reitor, fui nomeado à Comissão de Implantação do Nudoc, no prédio da Reitoria.

Nessa época, já estávamos filmando com Super-8. E participando com João Córdula do Cinema Educativo da Paraíba, que ficava em antigo prédio nas Trincheiras, busquei Jurandy Moura sobre uma entrevista de Zé Américo para um documentário que eu estava concluindo. Antes, porém, publiquei no jornal O Norte a realização de seu curta-metragem “Padre Zé Estende a Mão”, com a participação do fotógrafo e prof. Zé Nilton da Silva, que também era professor da UFPB.   Jurandy Moura é o atual patrono da Cadeira 15 da Academia Paraibana de Cinema, ocupada pelo ator Fernando Teixeira. Academia da qual fui vice-presidente, com Wills Leal na titularidade, seguidos dos professores Moacir Barbosa de Souza e Zezita Matos. Hoje, sob a presidência do professor João de Lima Gomes, que lembra os 44 anos da morte de um dos nossos pioneiros.


O presidente da Academia Paraibana de Cinema (APC), professos João de Lima Gomes, acaba de receber convite da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer do Município da Cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa, através de sua Coordenação Cultural, para participar de promoção naquela cidade. Um dos eventos, “Seu fazer artístico”, teve os recursos da Lei Paulo Gustavo em 2023.

Nos dias 13 e 14 do próximo mês será realizado no Centro de Formação daquela cidade a Primeira Multe Cultural de Bayeux, quando serão exibidos documentários inéditos em curta e média-metragem. Estarão presentes os professores e alunos de diversos cursos. A presidência da APC se congratula com os realizadores do evento e agradece pelo convite.