Atuante na Cultura Popular e no Cinema

Cineastas Alex E Linduarte Ze Nilton E Pedro Jorge Da Unb
Foto: Cineastas Alex (E), Linduarte, Zé Nilton e Pedro Jorge, da UNB.

De vida cultural diligente, desde os primeiros anos da década de 1960, ele é considerado um bom articulador nos meios por onde passa. Seu nome se faz presente, sempre, onde quer que existam movimentos ligados à nossa Cultura Popular. Atividade que se estende ao Ensino, Literatura e também aos segmentos de Fotografia e Cinema. No caso do cinema, com muito destaque. Seu nome é José Nilton da Silva. Ou, simplesmente, Prof. Zé Nilton.

A trajetória do professor Zé Nilton é bastante longa. Ele é Graduado em Licenciatura em História e Pedagogia, pela Universidade Federal da Paraíba (1976) e professor de Ensino Médio e Superior, em Educação Artística, na UFPB. Conselheiro do IPHAEP, Prof. Zé Nilton coordenou o Encontro Estadual de Cultura da Paraíba, na Sudene, em Recife/PE, e publicou livros e vários trabalhos sobre História da Cultura Popular, Artesanato, Fotografia e Cinema. Por isso, recebeu Menção Honrosa do Conselho Estadual de Cultura da Paraíba, em 1999. Participou de intenso movimento de cinema, na década de 60, como Tesoureiro do Cineclube “Linduarte Noronha”, cineasta com quem teve forte relação durante anos, ambos sendo professores do Departamento de Comunicação da UFPB, no período de 1973 a 2001.

Zé Nilton participou também como Conferencista da Jornada Latino-americana de Educacion por El Cine e Arte, em Montevidéu, Uruguai, também em Caracas, na Venezuela, e de uma mesa-redonda durante o I Congresso Interamericano de Audiovisual y Folclore (1985). Participou do congresso “A Paraíba e sua História no Cinema”, no Zarinha Centro de Cultura, em João Pessoa, sendo professor de História do Cinema em diversas escolas de ensino médio, na Capital e em cidades do interior da Paraíba.

Foi Fotógrafo de Still dos curtas-metragens, “Padre Zé Estende a Mão”, de Jurandy Moura (1970), de “Fotografia de Cabedelo no Ensino de Primeiro Grau”. Fotografou ainda “Vila de Independência”, “O Coqueiro” e “Lucena Paradisíaca”, de Alex Santos, em 1977. Correalizador dos curtas sobre Cultura Popular, representando o NUPPO/UFPB: “Misticismo, Folguedos e Tradições”, “Africanos” (Torre), “Pastoris”, “Scherasade-Parahyba” e “Procissão Marítima de São Pedro”, entre os anos de 1982 a 1989.

Como pesquisador, correalizador e fotógrafo da produção “O Romanço do Dinossauro” (1992), com os cineastas Pedro Jorge de Castro (UnB) e Alex Santos (UFPB), filme inscrito no Festival de Cinema das Ilhas Canárias, na Espanha. Foi fotógrafo do média-metragem “Antomachi” realizado por Alex Santos (2010), “A Ninhada” (2011), este na codireção, que lhe rendeu o prêmio da APC de Melhor Filme de curta-metragem do V Festcine Digital do Semiárido. Atuou no média-metragem recente “Poltrona Rasgada” (2013)

Esta semana, o amigo Zé Nilton me informou sobre sua inscrição a uma vaga da Academia Paraibana de Cinema. Ele foi reconhecido por sua ampla contribuição à cultura cinematográfica paraibana, tendo sido homologado o seu nome, junto aos demais, para cadeira do cineasta Vladimir Carvalho. E, segundo informou a APC, a escolha definitiva do mais novo acadêmico se dará na próxima semana.


Coordenado pelo prof. João de Lima, presidente da Academia Paraibana de Cinema, o projeto Preservação da Memória e Difusão Cultural e Científica do Acervo da Fundação Casa de José Américo foi recentemente encaminhado ao governo do Estado, com pedido de renovação. O pleito visa a continuação, prospecção e organização dos materiais audiovisuais da FCJA.

Após a confecção de um e-book contendo descritivo relativo a materiais do governo Tarcísio Burity, a previsão dos pesquisadores para este ano é de que os acervos doados também pelos familiares de Virgilius da Gama e Melo e de Expedito Gomes à FCJA sejam concluídos. Ambos desempenharam papel importante na cultura regional, inclusive nas artes literárias, musicais e cinematográficas, principalmente nos anos 1960 a 1970.