Vivemos numa época de shows pirotécnicos, cotidianamente. Não apena através de nossa mídia eletrônica, mas também no cinema. Não menos nesse que é visto e considerado “A arte dos sonhos”.
Agora, a pergunta que não quer calar: como se dormir e sonhar com um barulho desses? Quando temos visto também em cinema – até como recurso de mais atração de mercado, sobretudo na grande maioria de suas produções –, a exacerbação de audácias estéticas e cinesias visuais, buscando uma maior concorrência frente à TV.
Sempre entendi que o Cinema é usuário da Literatura. E como tal, o bom cinema é aquele feito com requintes tradicionais de linguagem, demandando os recursos literários. E isso diz respeito às formas originas cinematográficas: script e narrativa. Ou seja, a formas correta de narrar uma história usando de uma “roteirização”.
Mesmo que alguém tenha afirmado que “O cinema é o mais livre de todos os meios de comunicação, pode-se realizar maravilhas com ele” (Henry Miller, ensaísta e escritor norte-americano), diria que, na composição de uma obra fílmica, necessariamente, estariam os recursos narrativos essenciais. São peças de produção, como o script (Roteiro), que orientam o argumento.
O cinema é (sempre foi) a representação dos fatos e da realidade. Desde que D.W. Griffith resolveu mobilizar sua câmera com o filme “Intolerância”, em setembro de 1916, nos Estados Unidos. Criou-se, então, um novo olhar sobre os fatos vigentes. Ele deixaria de lado o registro documental para trabalhar com a Dramaturgia, considerando-a o “verdadeiro cinema”.
Sobre essa questão do roteiro cinematográfico, como sendo uma peça de maior interesse no cinema, esta semana recebi de um amigo “cinéfilo” um pedido para que lhe indicasse um livro sobre o assunto. Disse-me ele: “Alex, na composição de um filme, gosto muito de ROTEIRO. Você me recomenda algum livro básico de ROTEIROS? Ou de CINEMA?”. Respondendo ao pedido do amigo José Mário, aleguei que o Script é também peça-chave em cinema. E não só sobre roteiro, indique-lhe um livro que gosto muito, que é: “Literatura e Cinema”, editado pela Movera e organizado por José Domingos de Brito. Pois bem, sempre vi na dramaturgia a literatura como um dos fortes suportes aos scripts
Outorga do Título a acadêmico da APC
A Universidade Federal da Paraíba, por meio do Centro de Comunicação, Turismo e Artes e seu Programa de Pós-Graduação em Jornalismo, com apoio do NUDOC-Núcleo de Documentação Cinematográfica, através do Programa Acadêmico de Outorga do Título de Professor Emérito da UFPB, prestarão homenagem ao professor Pedro Nunes Filho. A solenidade será realizada na próxima sexta-feira, às 19h00, no Cine Aruanda do CCTA do Campus I, em João Pessoa. A solenidade será presidida pela Reitora Terezinha Domiciano.
Prof. Pedro Nunes é atualmente ocupante da Cadeira 28 (cujo Patrono é o cineasta Jureny Machado Bitencourt) da Academia Paraibana de Cinema, que estará presenta no ato por seu presidente o prof. João Gomes de Lima.