
O cinema do mundo todo terá na noite de hoje mais um de seus grandes momentos, quando se celebra a 97a festa do Oscar. Essa é uma tradição que vem de longos anos, de 1927, sob a rubrica da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, inaugurada na Califórnia, nos Estados Unidos. A cerimônia de entrega do Oscar 2025 está sendo esperada para iniciar às 21h, no horário de Brasília, sendo transmitida ao vivo pelos meios de comunicação e também pela Internet.
O Brasil continua na grande expectativa, com mais um filme sério de sua produção – Ainda Estou Aqui, de Walter Salles –, tentando a famosa estatueta dourada nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e de Filme de Língua Não Inglesa. Aliás, só nessa categoria tentaria minhas fichas, em razão do “glamour” sobre a indicação de outras estrelas, que vêm sendo citadas ao longo da caminhada do Oscar.
Tenho reiterado sobre as limitações, inclusive de marketing, que sempre teve o cinema brasileiro, dentro e fora do País. O nosso cinema continua não sendo a desejada grande indústria como a hollywoodiana, e tem capengado na sua produção de filmes. Não na sua qualidade, que é reconhecida, mas nos limites tecnológicos, continuando a dever ao grande símbolo cinematográfico (pirotécnico) americano: o Oscar.
Diante das decepções que vimos tendo ao longo de todos esses anos, de filmes que sempre indicamos ao grande prêmio “Tio Sam”, receio que nossas emoções dessa noite de hoje se frustrem, ainda mais, naquilo que entendo de importante ao cinema brasileiro: o melhor reconhecimento. Reforçado pelo setor da crítica especializada, que tem apostado suas fichas no nosso cinema ao tão cobiçado prêmio, que nos tem sido postergado, desde que Orfeu Negro venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional, em 1960. Por todas essas razões que afetam o nosso cinema, requer que se busque nova forma e alinhamento de mercado, de mecanismos atuais de criações, também de produção, sobretudo de meios de difusão. Maneiras nem sempre experimentadas em épocas mundiais de “tapetes vermelhos”. Mesmo assim, cruzemos os nossos dedos por hoje à noite…
APC promove exibição de “O que os olhos não veem”
A Academia Paraibana de Cinema recebeu informação do cineclube “O Homem de Areia”, da Fundação Casa de José Américo, que mantém no seu conselho de programação diversos confrades de APC, que exibirá na quarta-feira 12 de março o filme O que os olhos não veem, dirigido por Vania Perazzo, integrante da APC. Na ocasião haverá um debate do filme. A sessão acontecerá no auditório da FCJA a partir das 19h, com entrada livre ao público interessado.
A APC, através do presidente João de Lima Gomes e sua diretoria, convida seus associados a mais esse o acontecimento, que faz parte do calendário da entidade sobre o cinema paraibano.