Estirpe que apoiou o feito de “Aruanda”

Jornalista andré cananéa é membro da apc
Foto: Jornalista André Cananéa é membro da APC.

Ao empossar a Cadeira 27 da Academia Paraibana de Cinema, evento ocorrido recentemente na Fundação Casa de José Américo, o confrade André Cananéa nos trouxe um interessante relato sobre as origens do documentário “Aruanda”. Tema esse relatado em sua exposição, também em entrevista ao jornal A União

Segundo Cananéa, o cinema está em suas origens. Disse isso, referindo-se ao seu avô Simeão Cananéa, à época juiz da comarca de Santa Luzia, no Alto Serão paraibano: “Foi ele quem providenciou o transporte para cineasta Linduarte e sua equipe à Serra do Talhado, em lombo de jumento”. Uma saga lembrada até hoje, na história da realização de “Aruanda”.

Mas, o que mais motivou interesse do nosso atual confrade pelo cinema foram os “papos” de André com o próprio Linduarte Noronha, quando esse era seu professor na Universidade Federal da Paraíba. “Foi ele quem me deu as primeiras informações. Eu me tinto orgulhoso em poder contar isso”. E reforça: “… à medida que eu envelheço, a paixão pelo cinema aumenta muito mais do que por música”.

Particularmente, a minha relação com Cananéa advém da troca habitual de mensagens, que sempre mantivemos sobre cultura e comunicação, com destaque no jornalismo. E sobre nossa parceria, até já fiz referência em artigo anterior, nesta mesma coluna: “Temos convivido o dia-a-dia em nossa mídia imprensa. Ele, na diversidade do seu notório conhecimento, abordando os segmentos de artes, enquanto eu revendo as ‘Coisas de Cinema”.

Na realidade, e como já é sabido, o jornalista André Cananéia tem se mostrado sempre presenta, não só através das ondas do rádio, do qual faz parte, mas também citando os programas de filmes atualmente em cartaz.

Quando era editor do Correio das Artes, suplemento mensal do jornal A União, lembro que busquei Cananéa para publicação de um trabalho sobre o cinema paraibano, no que fui prontamente atendido. O tema representava a introdução que fiz para a minha tese na Universidade de Brasília, e discutia a questão da linguagem fílmica a partir da “Elipse”, como elemento gramatical narrativo no cinema. Uma outra ocasião que buscamos André Cananéa, ainda editor do CA, foi quando reformulamos os Estatutos da Academia Paraibana de Cinema, ainda na gestão de Zezita Matos como presidente da APC. A posse de Cananéa na APC foi bastante prestigiada. Comandada pelo presidente da entidade João de Lima Gomes, e presença do vice-presidente Mirabeau Dias, com participação dos conselheiros Alex Santos e Manoel Jaime Xavier.


O segundo “Festival Talhado no Cinema”, que será aberto na próxima sexta-feira (03), indo até o dia 6, terá o apoio da Academia Paraibana de Cinema, do CCTA/Decom/Nudoc da Universidade Federal da Paraíba. O evento será aberto por apresentantes de órgãos públicos e culturais na cidade de Santa Luzia, Alto Sertão paraibano.

A Academia Paraibana de Cinema deve fazer parte do evento, através de membros de sua diretoria e conselho, como proposta de interiorização cultural e de apoio às atividades cinematográficas estaduais.