Os caminhos, por mais longos, podem se cruzar…

Jornalista paraibano guilherme cabral
Foto: Jornalista paraibano Guilherme Cabral.

Seguidor de minha coluna dominical havia tempos, sempre agradecido, também jornalista de A União há mais de trinta anos, jamais poderia deixa-lo fora do lançamento do meu recente livro “Menino de Cinema”. Autobiografia minha e de meu pai Severino Alexandre Santos, um dos pioneiros do cinema paraibano, que publiquei no ano passado pela Ideia.

Pois bem, o jornalista Guilherme Cabral me traz a certeza de que, por razões desconhecidas, os caminhos por mais longos que sejam poderão de se cruzar um dia. E isso ficou claro quando o próprio Guilherme afirma, em seu agradecimento no recebimento do meu livro: “Boa tarde, amigo Alex Santos! Recebi hoje seus dois livros. Lerei ambos com carinho e atenção. Mais uma vez, muito obrigado pelo envio.”

Agora, o que foi pra mim mais curioso foi sua afirmação: “A propósito, minha esposa, Ângela Elizabete, que é natural de Várzea Nova, em Santa Rita, me disse que conheceu você e sua família, e frequentou o cinema do seu pai. Abraço fraterno.” Ao que agradeci: “Que bom, amigo! Acredito que ela vai se identificar com as narrativas sobre Várzea Nova, que estão no livro. Um carinhoso e fraterno abraço a ambos”.

Meu pai, “Severino do cinema”, como era chamado pelos fãs de nossas salas de cinema, tinha acabado de inaugurar mais uma sala na cidade Santa Rita, o Cine São João, quando resolveu estender o seu negócio ao Município de Várzea Nova. Isso, lá pelos idos de 1962, dando à nova sala o pomposo nome de “Cinerama”. Justamente porque, à época, estava sendo difundido e entrando no mercado exibidor brasileiro a nova e revolucionária proposta audiovisual – o CINERAMA. Uma tela de projeção de dimensão colossal, com qualidade de imagem também superior à bitola convencional.

Para a instalação da sala de cinema em Várzea Nova, meu pai alugou um prédio comercial de esquina, que pertencia ao “Seu Zinho”, um senhor que residia na mesma rua. Foi, então, quando passei a frequentar o lugar e manter relações com as pessoas, inclusive com os Galdinos, que tinha uma mercearia de esquina bem próxima ao nosso cinema. Talvez tenha sido nessa época que a esposa do amigo Guilherme tenha conhecido a mim e ao meu pai. Fato é que, a afirmação de Guilherme de que sua esposa nos conheceu nessa época e que frequentava o nosso cinema em Várzea Nova, nos leva a crer que os caminhos podem se cruzar um dia.


Na próxima quinta-feira (18), a televisão brasileira vai completar 75 anos. A Tv Tupi de São Paulo, iniciativa do jornalista e empresário Assis Chateaubriand, é considerada a primeira do Brasil e da América do Sul. O DECOM/CURSO DE JORNALISMO/CCSA, estarão promovendo o Seminário 75 anos da Tv Brasileira.

A Academia Paraibana de Cinema, nesse dia, participará do evento na parte da manhã com exibição do vídeo “Péricles Leal: um criador esquecido”, do presidente da APC João de Lima Gomes e Manuel Clemente. Em Campina Grande, o professor Rômulo Azevêdo, membro da APC e do Curso de Jornalismo da UEPB, exibirá documentário “Tv no Brasil: da Tv Tupi a Tv 3.0”.