“Trocando figurinhas” igualmente memoráveis

Livro A Ser Lancado Na Proxima Quinta Feira Na Apl
Foto: Livro a ser lançado na próxima quinta-feira na APL.

Pelas mãos de minha filha Alexa tomei conhecimento da mais nova obra impressa do amigo e historiador José Octávio de Arruda Mello, coadjuvado por Jean Patrício da Silva, do IHGP. O evento aconteceu recentemente, quando visitávamos a Editora Ideia do parceiro Magno Nicolau.

A publicação João Pessoa: Evolução e síntese de uma cidade (1585/2023), de Zé Octávio, é sucinta e claramente nos mostra a trajetória de uma urbe que já nasceu singular, com os seus mais distintos recursos sociais e históricos. Valores deveras especiais, que a tem conduzido a um patamar bastante alto no cenário nacional, histórica e politicamente, desde os idos de sua fundação.   

Pois bem, esta semana, como é do nosso costume “trocar figurinhas”, eu e o amigo Octávio nos encontramos para celebrar dois “rebentos” pessoais – o meu mais recente livro sobre cinema e minhas memórias, editado pela Ideia (a ser lançado, oportunamente) e a mais nova obra do parceiro José Octávio, do Grupo JHR, juntamente com Jean Patrício, sobre a primitiva Filipeia de N. S. das Neves, depois Frederikstad, Parahyba e, atualmente, João Pessoa.

Se é fato notório que a Cidade de João Pessoa se modificou e ganhou uma nova “configuração” a partir dos anos sessenta, alterando seu perfil urbano e humano, como está registrado no livro de Octávio, sinto-me inserido nessas mudanças. Pois, foi em 1968 que iniciei a minha vida cultural nesta cidade de tantos valores. Já no ano seguinte estaria fazendo parte da inauguração da Rádio Correio (a “Radiola da Cidade”, como era conhecida), no Ponto de Cem Réis. Justamente, durante a construção do Viaduto Damásio Franca, à época, injuriosamente conhecido como “o buraco de Damásio”. Fato esse que me fez lembrar a foto da página 35 do livro João Pessoa: Evolução e síntese de uma cidade (1585/2023).

Mas, onde entra o cinema nessa história, objetivo maior desta coluna? Aí é que está a questão… Antes mesmo de fazer parte da Associação dos Críticos Cinematográficos da Paraíba (ACCP), na época sob a presidência do saudoso amigo Barretinho, eu já coordenava e apresentava dois programas de cinema na recém inaugurada Rádio Correio da Paraíba. O “Curta-Metragem”, exibido diariamente, e “Cine Projeção” aos domingos, no horário de meio-dia. A trilha sonora dos programas era orientada de acordo com os filmes em cartaz nos cinemas da cidade, pelo também amigo Moacir Barbosa de Sousa (de saudosa memória), à época discotecário da nova emissora Correio. Mesmo não sendo da área de produção em cinema, especificamente, mas ciente do tema Sétima Arte, muito mais sobre sua história, não apenas local, mas também nacional, o amigo Zé Octávio sempre foi um parceiro de cinema. Notadamente, quando dele busquei subsídios históricos de época ao inserir a movie-art nos meus escritos. Prova existe, ainda, nas duas iniciativas em que participei sob seu comando, sendo ele o curador da Diretoria Geral de Cultura do Governo do Estado: o Festival de Artes, na cidade de Areia, e o Quarto Centenário da Paraíba, quando realizamos o documentário Parahyba, com a participação do saudoso cineasta Machado Bittencourt. Filme até hoje uma referência especial sobre a História da Paraíba.


Numa iniciativa do professor e historiador José Octávio de Arruda Mello, a Academia Paraibana de Cinema e a Academia Paraibana de Letras estarão no Pôr do Sol Literário da próxima quinta-feira, com atividades de literatura e cinema. Na ocasião será exibido o documentário “70 anos da Associação dos Críticos Cinematográficos da Paraíba (ACCP)”, com entrevista do escritor Wills Leal aos acadêmicos da APC Moacir Barbosa de Sousa e Manoel Jaime Xavier. O atual vice-presidente da Academia de Cinema, prof. Mirabeau Dias discorrerá sobre a trajetória do escritor Wills Leal, falecido em maio de 2020.

A Academia Paraibana de Letras dará continuidade ao evento, dentro do Pôr do Sol Literário, com lançamento do novo livro de José Octávio de Arruda, numa parceria com Jean Patrício, intitulado João Pessoa: Evolução e síntese de uma cidade (1585/2023), seguido da apresentação da obra pelos autores.