Não sou daqueles de acompanhar seriados na televisão, em demasia. A maioria deles, acho-os de narrativas arrastadas e cansativas. Sou mais pela síntese histórica, porém bem construída. Mesmo que sejam eles sobre temas políticos e socialmente importantes, como é bem o caso de Toda a luz que não podemos ver (All the Light We Cannot See), que foi lançado recentemente em streaming pela Netflix.
Cooptado pela esposa Lili, que gosta de assistir a seriados, notadamente aqueles que tratam de temas bem típicos da sua área de atuação jurisdicional – ela é Defensora Pública do Estado –, assisti ao Toda a luz… E gostei do que vi. Diria que, temas que tratam da Segunda Grande Guerra chamam sempre a minha atenção. Talvez, por ter vindo a este mundo durante o finalzinho do conflito mundial mais emblemático que se conhece até hoje.
E revendo um pouco do passado, à época já afastado do berço, mesmo sem entender, meu pai depois me disse que falava baixinho para mim o que ouvira no rádio sobre o então conflito na Europa. Isso, muito antes dele ter ingressado no mundo do cinema. E tendo em conta a importância do rádio naquela época, imagino hoje se não foram as notícias de rádio sobre os tais conflitos, depois “travestidos” de cinema, que fizeram “Seu” Alexandre entrar para o mundo da Sétima Arte, como um dos exibidores de filmes pioneiros do nosso estado?
O Rádio, imagino, terá sido o começo de tudo na vida do meu pai. Aliás, o rádio é também a base de argumento do próprio seriado que acabo de assistir. A história de Toda a luz que não podemos ver é ancorada justamente na gravidade do uso de rádio pela sociedade, durante a ocupação nazista em Paris e demais cidades da França. Cenários em que se desenvolve a história do romance homônimo de Anthony Doerr, agora seriado para a tv e dirigido por Shawn Levy. O livro foi premiado com o “Pulitzer Prize”.
Pois bem, o deveras curioso nessa produção é uma espécie de “estudo” sobre os sentidos – visão e audição. Uma garota cega, Marie-Laure (Aria Mia Loberti), de ouvido bastante acurado, exerce um radioamadorismo proibido pelos nazistas, que a procuram o tempo todo. Ironicamente, ela é salva no final da história por um soldado alemão, sonhador, numa sintonia perfeita de ambos pelo rádio. O personagem é vivido pelo ator alemão Louis Hofmann.
Não conhecia o romance de Anthony Doerr. Revendo meus alfarrábios, lá encontro anotações desse autor americano famoso, que nos deu também outras obras igualmente importantes. Com relação à All the Light We Cannot See, trata-se de um seriado atraente, contudo, um tanto prolixo. Nota dez ao ator alemão Lars Eidinger, protagonizando o oficial nazista Reinhold von Rumpel, em toda sua arrogância e histeria típicas dos liderados por Hitler.
APC: Resultado sairá na próxima semana
A diretoria da Academia Paraibana de Cinema, presidida pela atriz Zezita Matos, deve anunciar na próxima semana o resultado das inscritas de chapas, que concorrem à eleição da nova Diretoria da APC, ao mandato 2024-2026.
As indicações inscritas aconteceram dentro do período regimental, e serão publicadas pelas mídias eletrônica e imprensa, à informação dos associados, para devida votação, que deverá ser on line,ou presencial na sede da APC, até dia 31 de dezembro de 2023, como prevê o seu Estatuto.