Agora em setembro faz um ano do seu lançamento. Já a partir de então, como se esperava, o filme ganhou plateias e aplausos da crítica especializada por onde passou. Repercutiu, inclusive, para as indicações do Oscar-2023, merecidamente.
Assistindo ao Nada de novo no front, lembrei bem e pude então compará-lo a duas outras obras do gênero de guerra, que conheci. A primeira, de uma fase glamorosa do cinema sonoro ainda engatinhando, que assisti na sessão noturna em um dos cinemas de meu pai, lá pelos idos de 1960, em Santa Rita, que foi Tudo quieto na frente ocidental (All Quiet On The Western Front), e outra que foi Glória Feita de Sangue (1957), com Kirk Douglas e dirigido por Stanley Kubrick (2001- Uma Odisseia no Espaço).
Pois bem. Iniciemos com Tudo quieto na frente ocidental, termo usado para titular o primeiro filme baseado em romance homônimo de Erich Paul Remark, escritor, dramaturgo e roteirista alemão. Uma produção canadense, igualmente premiada com os Oscars de Melhor Filme e Melhor Direção, em 1931, dirigida por Lewis Milestone, que realizou outras grandes obras, como Os Bravos Morrem de Pé, em 1958, também sobre a guerra, e O Grande Motim, com Marlon Branco, que trata de um conflito dentro de um navio em águas do Atlântico, rumo ao Taiti, no século dezoito, e tantos outros filmes.
Tudo quieto na frente ocidental, tambémbaseado no livro de Erich Paul Remark, e que trata justamente dos horrores da Primeira Guerra, quando jovens alemães nacionalistas são cooptados a se alistarem aos campos de batalhas, e lá assistem as tragédias e mortes de seus próprios companheiros. Tema que originou também Nada de novo no front.
Já Glória Feita de Sangue, com Kirk Douglas, dirigido por Stanley Kubrick, é um filme também sobre a Primeira Guerra Mundial, mais puxado ao ritmo de Hollywood. Quero dizer, é uma obra mais espetaculosa, justo, em razão de dois nomes emblemáticos daquele cinema, que são o diretor Kubrick e o ator Kirk Douglas, protagonizando o Coronel Dax. É um drama mais de bastidores da guerra, que, propriamente, do front.
Agora, falando mesmo do atual Nada de novo no front, que ainda pode ser encontrado na Netflix, foi o segundo filme vencedor do Oscar também baseado no livro do alemão Erich Paul Remark. Este ano, levou 4 estatuetas prá casa: Melhor filme internacional, Direção de arte, Trilha sonora e Melhor fotografia. Destaco no filme do diretor Edward Berger, dois pontos de relevância: a Fotografia e, sobretudo, a Direção de Arte, seriamente realizada pela dupla Ernestine Hipper e Christian M. Goldbeck. Um verdadeiro show de detalhes, na tragédia dos soldados abatidos. Além, claro, dos efeitos especiais contidos no filme, que inflama ainda mais o plot chocante das batalhas. Bom filme de guerra.
APC: Atrizes paraibanas são homenageadas
A Presidente da Academia Paraibana de Cinema, atriz Zezita Matos, e a atriz Marcélia Cartaxo, Cadeira 33 da APC, foram homenageadas na terça-feira passada pela Academia Paraibana de Letras, em solenidade que ocorreu às 18 horas, na Igreja de São Francisco, centro da Capital, para celebrar os 82 anos de Fundação da APL. As atrizes paraibanas Zezita Matos e Marcélia Cartaxo, na ocasião foram saudadas, respectivamente, pelos acadêmicos da APL, professor Damião Ramos e Rui Leitão.