Celebrações de Natal e também de cinema

Dezembro, mês de festas natalinas, de confraternizações e de se ofertar presentes. Época de se desejar bons augúrios àqueles que nos querem bem e que também prezamos tanto… 

Momento de celebrarmos mais um final de ano, de se ratificar as coisas boas e se corrigir aquilo que não deu certo em nossas vidas.

Tempos de Santa Claus (São Nicolau) de barbas brancas, gorro e roupas coloridas, montado no seu trenó e galgando os céus, trazendo presentes que tanto alegram as crianças, no mundo todo.  

Conta a lenda que, enquanto arcebispo de uma cidadezinha da Turquia, ainda no século IV d.C., Nicolau Taumaturgo tinha por costume ajudar as pessoas com dificuldades financeiras. Anonimamente, colocava sacolas com moedas de ouro nas chaminés das casas dos então necessitados. Afirma-se também que sua transformação em símbolo natalino (Papai Noel) somente aconteceu na Alemanha, já na era contemporânea.

Sempre nessa época, esse gesto de bondade do “bom velhinho” me faz lembrar da clássica obra do romancista inglês Charles Dickens e “Scrooge”, obra que saboreio durante minhas habituais leituras. Conto deveras bem adaptado pelo cinema, em “O Adorável Avarento”, que trata da figura de um somítico comerciante, trazendo no elenco dois grandes atores: Albert Finney (o avaro Ebenézer) e Sir Alec Guinness, seu sócio (J. Marley), que retorna do inferno para atormentá-lo e transformá-lo em uma pessoa benemerente. Um filme encantador, que assisto todos os anos em minha casa, buscando rever o meu lado mais sensível e natalino de ser. Hoje mais ainda, pela presença constante e muito querida de meus dois netinhos Arthur Luna (já cinemista) e Miguel Alexandre. Crianças que são motivos da minha indescritível alegria, com as quais celebro, sempre, o final de cada ano em exultação ao Natal.

Dezembro é também mês de notas tristes. De fatos marcantes e que nos chegam à mente, como se quisessem nos lembrar que a realidade da vida não terá sido, tão somente, um sonho natalino.

Após uma longa vivência de cinema – prélio o qual aprendi já nos meus primeiros passos –, também num final de ano, foi-se aquele “bom velhinho” em dezembro de 2005. Partiu deixando muita saudade, não só a mim, seu filho, igualmente contaminado pelo “vírus” da movie art, bem como de toda nossa família. Nome sempre lembrado pelos adultos e habituès de suas salas de projeção, não menos, pelos jovens por ele igualmente influenciados ao culto da fantasia luminosa, que se chama Arte Cinematográfica. Que as luzes e as alegrias deste Natal possam nos trazer, também, muita felicidade e sorte!


APC celebra o Dia Mundial do Cinema

Academia Paraibana de Cinema vai reunir seus associados na próxima quarta-feira (28), para celebrar o Dia Mundial do Cinema. O encontro será às 9 horas da manhã, no Cine Mirabeau, no bairro do Bessa.

Na ocasião será prestada uma homenagem ao escritor e ex-presidente da APC, Wills Leal, com a exibição de um documentário sobre e seu singular “mural cinematográfico”. Oportunamente, será exibido ainda um outro curta, também o anúncio do mais novo número de revista Correio das Arte, com divulgação dos 14 anos de fundação da APC.