Abro o parágrafo de hoje, lembrando um parceiro sensível – de cátedras rotineiras na Universidade Federal da Paraíba –, Wellington Pereira, falecido recentemente. Dele, recebi semanas atrás o seu mais novo opúsculo “O Voo noturno do Pintarroxo – As insônias do Bairro-Norte”, como sempre, com a mesma dedicatória: “Ao cineasta e crítico cinematográfico Alex Santos, com a amizade de Wellington Pereira”.
Nossa afeição advém dos tempos em que o nosso curso de Comunicação Social era vinculado ao CCHLA. Mas, uma coisa que sempre admirei no amigo Wellington foi a sua empatia com os alunos, hoje lembrada por eles, coisa que procurei buscar de contínuo. Sempre me foi gratificante manter amistosa sintonia com meus alunos. A identificação respeitosa mútua no aprendizado, pelo que conheço, terá sido condição sine que non ao bom entendimento dos assuntos em sala de aula.
Pois bem, falando de ex-alunos de Comunicação e, mais recentemente, de Mídias Digitais, lembro de alguns nomes que hoje despontam na linha de frente das produções audiovisuais locais, trazendo-nos um orgulho danado. Como é o caso João Paulo Palitot, que hoje promove atividades de cinema, anunciando ao próximo mês a mostra de Cinema Fantástico em João Pessoa.
A rigor, são talentosos jovens paraibanos, ex-alunos, que me assistiram em alguns projetos fora da universidade, como é o caso de Marcelo Quixaba, que fez câmera comigo no curta “A Ninhada”, em Serra Branca; da dinâmica Joelma Cavalcanti, parceira assistente de produção, também atriz de alguns audiovisuais nossos, como “Antomarchi”, “Américo Falcão Peregrino” e, mais recentemente, “Poltrona Rasgada”; além de Jéssica Coelho, Gildázio Dantas, Stéphanie Andrade, Ronny Brito, entre muitos outros.
Mais recentemente, com a exitosa parceria de Manoel Jaime Xavier, com quem venho trabalhando havia alguns anos, vejo no meu ex-aluno de Mídias Digitais, Daniel Rosas, na fotografia e câmera de “Poltrona Rasgada”, média-metragem que concluímos recentemente, um sopro juvenil de esperança ao nosso audiovisual paraibano. Individualmente, Daniel já consegue alçar voos no campo da animação (quadrinhos) e do curta-metragem, como é o caso “Baby Killer”, cujo tema parece ser de um thriller erótico-criminal, com suas gravações já iniciadas, antes mesmo da pandemia, devendo ser concluído proximamente. Além de outros projetos interessantes em que Daniel consegue misturar personagens (atores) com figuras de histórias em quadrinhos. Uma experiência curiosa que merece ser aguardada com interesse.
APC: Curso de Cinema promove live
Sob o comando dos professores e membros da Academia Paraibana de Cinema, João de Lima e Alex Santos, o Curso de Cinema e Audiovisual da UFPB realizou, na segunda-feira passada, uma live com a participação de vários alunos. No encontro discutiu-se entre os assuntos, os audiovisuais “Américo – Falcão Peregrino” e “Cinema Inacabado”, ambos dirigidos por Alex Santos, que foi indagado pelos alunos sobre as realizações o tempo todo.
O mediador da live foi o professor João de Lima, da disciplina História do Cinema Paraibano, que levantou questões sobre os fotógrafos e cineastas Walfredo Rodriguez e João Córdula do Cinema Educativo da PB (patrono de sua cadeira), ambos homenageados por Alex nas duas realizações.