Paladino do rádio deixa nobre legado à Paraíba

Foto: “Capa do livro do prof. José Octávio de Arruda Mello”.

Peço vênia aos quantos me assistem aos domingos nos assuntos de cinema, para – em meu nome, de minha esposa Lili e filhos – compartilhar nossos sentimentos de pesar com a família do amigo Otinaldo Lourenço de Arruda Mello, falecido recentemente, deixando admirável legado humano e profissional a todos que o conheceram. Trajetória essa agora impressa em “letras de fôrma” para a história do rádio paraibano, através de A União.

Na primavera passada, mesmo sob o infausto momento sanitário em que ainda hoje vivemos, recebo do parceiro José Octávio de Arruda Mello (irmão de Otinaldo) mais um de seus importantes rebentos literários. Naturalmente, não terá sido algo mais da sua habitual verve histórica sobre a Paraíba. Mas, de um certo modo, vendo bem o conteúdo do seu novo livro (“A Arapuan e o Rádio Paraibano – Uma biografia dual”) ele diz também, e muito, da vida do nosso rádio e de fatos que jamais desmerecem a História da Paraíba.

Não é sem razão que, albergando nomes altivos da radiofonia paraibana, o saltério de Zé Octávio presta uma honrosa homenagem não só ao seu irmão Otinaldo Lourenço e família, tornando-se ainda um singular e extraordinário apêndice à Historiografia paraibana de todos tempos.

Nas palavras do autor, a participação de muitos nomes foi fundamental para a realização da obra, quando afirma: “Uma biografia dual inspira, pois, duplo preparo, sendo este o caso de A Arapuan e o Rádio Paraibano cuja elaboração dividimos, fraternalmente…” – Assertivas que me inclui também, mais ainda, quando lembro de minhas participações na Rádio Sociedade de Santa Rita, posteriormente na Rádio Correio da Paraíba, lá pelo final dos anos 60, na inauguração da nova emissora no Ponto de Cem Réis. Foi onde conheci um parceiro-irmão, também radialista Moacir Barbosa de Sousa, e lançamos os programas “Curta-Metragem” (diário) e “Cine Projeção” aos domingos.

Atualmente, antes mesmo do agravamento da atual pandemia, lá para os idos de janeiro e fevereiro do ano passado, fui incitado pelo parceiro Zé Octávio para mais uma de suas pesquisas citadinas. Coube a mim atender ao velho costume do mestre historiador, registrando em imagens a urbanidade da nossa Capital João Pessoa. Ao molde das outras vezes, seria um peregrinar pelos ancestrais rastros radiofônicos “arapuanenses”, largados no centro da cidade, revisitando e gravando em imagens prédios anteriormente ocupados pela Rádio Arapuan.

Isso posto, não sem razão fiquei honrado, quando nas primeiras páginas do livro sou citado nominal e fotograficamente pelo autor, em sua companhia e do amigo Otinaldo, justamente em um de nossos encontros na Associação Paraibana de Imprensa. Assim, ipsis verbis, quero ratificar a minha admiração e respeito àquele que, como poucos, conseguiu dar uma nova feição, um diferencial mais do que singular à radiofonia paraibana – o nosso amigo Otinaldo Lourenço de Arruda Mello.


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