Pandemia invalida Oscar de fevereiro, que será em abril

Foto: Oscar 2021 – a grande festa do cinema mundial.

Com quase cem anos de existência, acerimônia de entrega do Oscar foi criada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood em 1927 – justamente no ano de realização daquele que é tido como o primeiro “filme falado” de todos os tempos, “O Cantor de Jazz” (The Jazz Singer) – e mesmo assim, apenas dois anos depois é que realmente houve a primeira e esperada cerimônia de premiação da tão cobiçada estatueta.

Já na sua 93a versão, a festa do Oscar será este ano no Teatro Dolby, em HollywoodLos AngelesCalifórnia. E segundo os organizadores, será mesmo em abril próximo, abortando assim seu calendário, que previa para este mês de fevereiro, mas que essa tal “variante” (não confundir com a Covid-19) foi motivada pela atual pandemia que está assolando o mundo todo, mais ainda, nos Estados Unidos.

Incerta, contudo, estaria a forma como essa cerimônia deverá ser então realizada, mesmo que seus organizadores tenham afirmado pela imprensa que ela será realmente presencial. O tempo dirá, se vai ou não, avaliando-se a situação sanitária em que se vive e que só tende a piorar.

Na próxima terça-feira (09) a Academia de Hollywood anunciará quem são os finalistas, ficando para a primeira quinzena de março a indicação dos filmes de curtas e longas-metragens concorrentes. A premiação, no entanto, acontecerá no dia 25 de abril.

No caso brasileiro, que é o que mais importa, dois fatores podem pesar no fiel dessa balança de pretensões ambiciosas ao Oscar: primeiro, o que já comentei anteriormente nesta coluna, que foi a indicação de brasileiros na lista de julgadores das diversas categorias e segmentos fílmicos, a exemplo do animador Otto Guerra – do polêmico “Rocky & Hudson – Os Caubóis Gays” –, da montadora Cristina Amaral e da produtora Mariana Oliva.

O segundo fator diz respeito à indicação de filmes brasileiros inscritos no certame. E aqui pondero um pouco, em razão do que já afirmei antes, de que tem sido muito difícil para o cinema nacional desfilar no tapete vermelho da fama. Mesmo que o atual Conselho de Seleção dos filmes inscritos venha “ampliando sua diversidade de gênero” e de representantes de outros países, buscando investir mais nas diferenças, que têm sido apenas hollywoodianas.    Contudo, joguemos nossas fichas em duas indicações já confirmadas que são o filme “Bacurau”, do diretor Kléber Mendonça Filho, e o documentário “Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou”, da atriz Bárbara Paz, esposa e viúva de Hector Babenco, falecido em 2016, cineasta argentino-brasileiro naturalizado, fato que pode acrescentar chances à cinematografia nacional. Aguardemos, pois, pra ver…


APC: NOTA

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Atriz ZEZITA MATOS
Presidente da APC