Revendo a trajetória e feitos da Academia Paraibana de Cinema

Foto: Encontro da Diretoria da APC com a Reitoria da UFPB, no acordo de criação do Museu do Cinema Paraibano.

Com destaque, há mais de uma dezena de anos atrás, a mídia anunciava a criação da Academia Paraibana de Cinema (APC), com sede em João Pessoa. De um número considerável de profissionais de cinema, no Estado, uma Comissão fora instituída para dar corpo e jurisdição à nova entidade, que representaria a classe cinematográfica paraibana naquilo que lhe é de mais importante: a sua Competência formal. Mesmo porque, Capacidade, de havia muito já vimos comprovando, no que de melhor se produz no cenário fílmico brasileiro. Como os exemplos, os audiovisuais atuais, também suas atuações. Veja-se o caso da nossa atual presidente Zezita Matos.

Para presidir a APC foram eleitos na ocasião, dentre os então apresentados, os nomes do escritor Wills Leal na Presidência; do professor e cineasta Alex Santos na Vice-Presidência; o escritor José Bezerra Filho na Administração e Finanças; e do professor e escritor Moacir Barbosa de Souza na Secretaria Geral. Além de uma Suplência e um Conselho Fiscal formados por nomes de alta importância para o setor: escritor Manoel Jaime Xavier, o crítico João Batistas de Brito, a professora Shirley Martins, o fotógrafo Arion Farias, o professor Damião Ramos Cavalcanti, o produtor e memorialista Mirabeau Dias, entre outros, em duas gestões de três anos na entidade.   

Obedecendo a toda uma tradição, a nova Academia teve como Patronos pessoas falecidas e que deram reconhecida contribuição ao Cinema Paraibano, em todas as suas áreas: Produção, Difusão, Distribuição e Exibição de filmes. Em cada cadeira patronal um representante vitalício, tendo como Ocupante um membro nato, ou aqui residente há alguns anos, como prevê os Estatutos da entidade cinematográfica.

Foram indicados para Sócios Beneméritos os seguintes nomes: Escritor e professor José Rafael de Menezes; escritor Ariano Suassuna; cineasta Nelson Pereira dos Santos; cantora e atriz Elba Ramalho; ator José Dumont; cineasta Jurandir de Oliveira; compositor Marcus Vinícius de Andrade; professor José Loureiro Lopes; e o cineasta José Jofilly Filho. A data da posse dos acadêmicos foi o dia 12 de dezembro 2008, às 15 horas, no Hotel Tambaú.

Com a presença de familiares dos patronos foram empossados os primeiros ocupantes e imortais da Academia Paraibana de Cinema, cuja função maior é fomentar o congraçamento entre profissionais, difundir e dar a conhecer seus trabalhos relacionados às atividades de cinema, não só na Paraíba. À época, exemplo singular foi o apoio às atividades do Cineclube da Fundação Casa de José Américo, quando o professor Damião Ramos Cavalcanti esteve na presidência. Outro feito da APC importante, ainda na primeira gestão foi o acordo com a Universidade Federal da Paraíba para a criação do Museu do Cinema (foto).

Metas e ações foram programadas e continuam vigendo, embora não usadas integralmente nos dias de hoje, mesmo pelas dificuldades atuais enfrentadas, como a publicação de periódicos e impressos dos Boletins com informes cinematográficos, além da revista semestral da APC, Cine Nordeste (título sugerido por Manoel Jaime), enfeixando artigos abalizados na arte, que tinha o apoio das gráficas A União. Hoje, essa difusão continua existindo, apenas nesta coluna sob o título Informe APC. Malgrado o empenho, a dedicação da atual gestão, infelizmente, como tem sido praxe na grande maioria das suas congêneres, a APC vem sofrendo com um notório e execrável desdém da grande maioria dos seus membros. Figuras consideradas de “notório saber” em cinema e que, de início, se postergaram caprichosamente entre elas, à época “barganhando” posições e melhores referências patronais, e que hoje continuam ausentes da APC, distantes dos seus reais e voluntários compromissos estatutários junto à instituição. Entidade que lhes tem honrado verdadeiramente os nomes e os feitos.


FCJA: Cineclube só em 2022

A Academia Paraibana de Cinema, que sempre foi partícipe das ações do Cineclube da Fundação Casa de José Américo, desde a sua criação sob o comando do prof. Damião Ramos Cavalcanti, esta semana buscou saber se suas sessões retornarão à normalidade e quando isso acontecerá.

Para a secretária executiva e coordenadora do cineclube, Rejane Mayer Ventura, a presidência atual da FCJA está examinando as possibilidades de retorno normal das exibições de filmes, só a partir do próximo ano, em razão da situação atual de pandemia da Covid-19.