Medalhista na vida escolar e no cinema

Foto: Arthur Luna medalhista em ingles (E), e numa cena de Remake, com o ator Ricardo Moreira.

Não é a primeira vez que ele me surpreende com tamanha desenvoltura de conhecimento das coisas e de esperteza em suas ações. Com apenas dez anos de idade, Arthur Luna, meu neto, já mostra habilidades múltiplas, tanto nos teclados, ao lê partituras musicais, como também na interpretação cênica nos audiovisuais em que trabalhou.

Especialmente no caso da scenic interpretation – usando a expressão em inglês, que meu neto tanto gosta e apresenta bom domínio da língua –, a performance do garoto é notória, como aquele garotinho de apenas três anos de idade, que é visto brincando com areia numa das praias de Lucena, litoral norte da Paraíba, nas cenas finais de Américo – Falcão Peregrino. Audiovisual premiado pela Academia Paraibana de Cinema, em 2015. A partir de então, a virtuose do garoto Arthur já se mostrava evidente; e sempre foi aplaudido.

Anos depois, com seus sete anos, novamente uma atuação de Arthur se mostra interessante, ao interpretar o filho do operário que tem sua bicicleta roubada por um anônimo “ladrão”, frente à Igreja São Frei Bento Gonçalves, no Varadouro da Capital, enquanto pai e filho entram no templo para rezar. Sequência faz parte de um remake sobre o filme de Vittorio De Sica, “Ladrões de Bicicleta” (Ladri di Biciclette), uma produção italiana dos anos de 1948. E consta do nosso audiovisual média-metragem, Poltrona Rasgada, realizado em 2020, sobre fato ocorrido no antigo Cine Rex, nos anos de 1950.

E foi entre um intervalo e outro das gravações, (que meu neto chamava de “clip”), devidamente induzido pelo seu personagem, Arthur dirigiu-se a mim e afiançou: “Vovô Lex, eu agora sou um cinemista!”. Curioso com aquela admissão do garoto, eu então lhe indaguei: “Mas, porque “cinemista”? Ao que ele respondeu: “Vô, se você é cineasta, agora eu sou um cinemista. Aquele que é ator no cinema, ora!” Caíram-se em risos todos os presentes e membros da equipe de gravação naquele momento.

Aluno do quinto ano do fundamental II, da Escola Internacional, bairro do Bessa, partícipe de sua Orquestra Infantil (antes com flauta doce, agora no teclado), também engajado no estudo de piano em outro centro de ensino, mas com clara simpatia pela imagem em movimento (DNA de família), Arthur Luna é uma criança privilegiada, com muita história para contar… Esta semana, além das alegrias que o garoto nos tem proporcionado, a de que recebeu publicamente mais uma distinção da escola em que estuda. Agora, mais uma Medalha de Ouro por seu discernimento em sala de aula com o idioma inglês. Incrível vê-lo traduzindo os textos das animações que assiste na televisão. Parabéns, Arthur cinemista!


APC reuniu diretoria no Cine Mirabeau

A Academia Paraibana de Cinema realizou na quinta-feira passada mais um encontro com integrantes de sua diretoria e associados, que aconteceu no Cine Mirabeau, do Bessa. Das pautas apresentadas na reunião, além da de ordem administrativa, foram confirmados dois registros de interesse da APC: Convite de uma instituição de ensino do Conjunto Costa e Silva, representada pelos estudantes do Oitavo Ano, que desenvolveram um trabalho pedagógico relativo ao Dia 8 de Março, homenageando “uma grande Mulher – Zezita Matos”, por sua trajetória nas artes paraibana. E também, um registro feito sobre o curta em Super-8, Closes, do acadêmico da APC, Pedro Nunes, a ser exibido no próximo dia 11, no Spectacle Thearter do Brooklyn de Nova York.