Foi em março deste ano, não lembro bem o dia, que o amigo Zé Octávio de Arruda Mello me procurou, sempre com aquele animus diferenciado de bom historiador (que diz ser do “grupo”), para que eu falasse algo sobre meu primo Reginaldo Antonio de Oliveira e o atentado de que foi vítima, quando juiz da cidade de Itabaiana. Conversamos bastante sobre, dentro do que sabia e até testemunhei ao visitar algumas vezes o primo Reginaldo Oliveira, ainda hospitalizado e se recuperando, em João Pessoa.
Tempos depois, em sua residência, Octávio entregou-me um calhamaço de anotações sobre o que havia buscado também sobre o grave ocorrido, no livro O Atentado ao Juiz de Itabaiana, publicado em 1984 pelo próprio juiz e vítima, então já aposentado da magistratura e advogando em Santa Rita.
Esta semana, como tem sido habito nosso de há muito tempo, que é o de “trocar figurinhas”, depois de ter deixado na portaria de seu prédio alguns volumes sobre as guerras no mundo, o coordenador do nosso Grupo José Honório Rodrigues faz o mesmo, presenteando-me com um exemplar de seu lançamento mais recente, numa parceria com um outro amigo e membro da nossa Academia Paraibana de Cinema, Damião Ramos Cavalcanti.
Itabaiana, Cultura, Política e Lutas Sociais é o título da obra assinada pela dupla Otávio & Damião, agora publicada pela Ideia Editora, a ser lançada na próxima quinta-feira, final da tarde, na Academia Paraibana de Letras, centro da cidade. Trata-se de um livro destinado basicamente às escolas de ensino médio, como o próprio Zé Octávio afirmou, trazendo muitas personagens e fatos de uma das cidades mais importantes da Paraíba.
Mesmo não sendo naturais de Itabaiana – Zé Octávio é de João Pessoa e Damião Ramos é de Pilar (terra de Zé Lins do Rêgo) –, ambos têm uma visão de “cidadão do mundo”. Tanto que, com o próprio Zé Octávio tive algumas excursões pelo interior paraibano, fomentando cultura e história da Paraíba nas escolas públicas do estado, o que me serviu de amplo aprendizado. Daí o meu apego à história, desde os primitivos tempos de Filipeia, Frederikstad…
Por tudo isso, ainda em razão desse meu despertar sobre nós mesmos, o especial sucesso de um dos nossos curtas-metragens, o multipremiado: Parahyba (1985). Filme que tão bem realizamos, com a direção de Machado Bitencourt, sob a orientação do historiador José Octávio de Arruda Mello à frente do Quarto Centenário da Paraíba. Sobre Itabaiana, Cultura, Política e Lutas Sociais, em especial, sinto-me honrado em ter contribuído e ter sido citado como um dos colaboradores da obra.
Assessor do MIS/SP visita APC
O vice-presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor João de Lima Gomes, recebeu esta semana a visita do assessor do Museu da Imagem e do Som, de São Paulo, José Maria Lopes. O encontro aconteceu na Fundação Casa de José Américo, no Cabo Branco, com o apoio da professora Lúcia de Fátima Guerra, gerente executiva de Documentação e Arquivo da FCJA.
Durante a visitação, o representante do MIS/SP ouviu da diretoria da APC um relato das ações da academia em alguns municípios do estado. E citou como exemplos as prefeituras de Santa Luzia, Remígio e Taperoá.