Anos atrás, aqui mesmo na coluna escrevi sobre nossa Academia Paraibana de Cinema, reconhecendo o profícuo artigo do historiador José Octávio de Arruda Mello, também publicado no jornal A União, em que ele elogiava o importante feito que fora a criação da APC. Escrevera ele, inclusive, sobre o significado do nosso cinema nesses mais de oitenta anos.
Mobilizador cultural dos mais atuantes que se conhece, com inúmeros trabalhos publicados sobre história, cultura e política paraibanas, José Octávio lidera as ações de uma instituição anti-burocrática (da qual, honrosamente participo) intitulada “Grupo José Honório Rodrigues”, segundo ele, “O grupo mais dinâmico da cultura paraibana!”. E sobre a trajetória do cinema, dissera ele em seu artigo:
“A Paraíba dispõe, a propósito, de sólido pedigree da Sétima Arte, seja em nível de filmes, seja no tocante a livros referentes ao cinema. Entre os primeiros destacam-se Menino de Engenho, Fogo Morto, A Bagaceira e O Salário da Morte, e documentários como Aruanda, de Linduarte Noronha, No País de São Saruê, de Vladimir de Carvalho, e Parahyba, o magnífico curta preparado pela dupla Machado Bittencourt/Alex Santos, sob os auspícios da então Comissão do IV Centenário da Paraíba. Já a literatura especializada gerou clássicos como Caminhos do Cinema (1958), de José Rafael de Menezes, e os dois livros-álbuns de Wills Leal – Cinema da Paraíba/Cinema na Paraíba (2007).”
Não terá sido menos verdade esse histórico do insigne autor do épico História da Paraíba – Lutas e Resistência, quando reforça ainda seu argumento de que, “com Walfredo Rodriguez e após a Revolução de 30 o cinema experimentou, na Paraíba, verdadeiro boom, também a partir da segunda metade da década de cinquenta.”
Lembrava também Zé Octávio em seu artigo o fato da criação de instituições singulares nesse período áureo, como o Serviço de Cinema Educativo, posteriormente rotulado de Cinema Educativo da Paraíba, da SEC do Governo do Estado (sob a vigilância e zelo do nosso memorável João Córdula), além da Associação dos Críticos Cinematográficos da Paraíba (ACCP), ambas com o valoroso apoio da API – Associação Paraibana de Imprensa, também da nossa Universidade Federal.
E é por todo esse passado glorioso, mais também pelo seu compromisso com a própria Sétima Arte, que a Academia Paraibana de Cinema tem por finalidade o que preceitua o Art. 30 e incisosde seus estatutos: “Contribuir para o aprimoramento do cinema e mídias congêneres, como instrumento de divulgação dos valores humanos, culturais, científicos e artísticos;” Pelas razões acima, a APC estará realizando nessa terça-feira próxima mais um encontro virtual do Conselho Diretor da entidade, visando regularizar sua ordenação jurídico-institucional, cuja notificação não chegou a tempo para que publicássemos no Informe APC (abaixo), mas pode ser acessado no WhatsApp da própria academia, também no blog (facebook) Grupo Academia Paraibana de Cinema.
APC e A União uma parceria de mais quinze anos
Academia Paraibana de Cinema, através de sua Diretoria e integrantes, se congratula com o Governo do Estado, Empresa Paraibana de Comunicação e, em especial, com toda a equipe do jornal A União, pela celebração dos 129 anos de criação do primeiro jornal impresso da Paraíba.
Numa parceria que já dura mais de quinze anos, a Academia Paraibana de Cinema se sente honrada pela divulgação de seu nome e dos informes da APC publicados, todos os domingos, e que representam registros essenciais de natureza corporativa da entidade máxima do Cinema paraibano.