Cine Bangüê ganha nova tecnologia

Auditório do atual cine banghê da funesc.
Foto: Auditório do atual Cine Banguê da Funesc.

Muito bem posta a ideia de se modernizar, tecnologicamente, a forma de projeção fílmica do Cine Bangüê da Funesc. O novo projeto digital SP4K-12C, com o procedimento de projeção DCP para digital-cinema-vídeo, como foi anunciado, contemplando o atual sistema de uma melhoria audiovisual, é nada mais que justo aos tempos atuais. O digital veio para ficar.

Agora me lembro quando inauguramos o Bangüê, naquele dezembro de 1982. Vindo de uma experiência já de alguns anos nos cinemas de meu pai, e coordenando o setor de audiovisual da Funesc, sob a indicação da presidente Giselda Navarro, fiquei à frente do projeto com o técnico Nilton Monteiro. Eu, na parte de projeção, e Monteiro na implantação do sistema de som. Nessa época, ele que era também o técnico das salas de cinema do grupo formado pelo cinema Municipal.  

Durante nossas reuniões no gabinete de Giselda, e com tudo pronto para a inauguração da Sala Bangüê, a escolha do filme a ser exibido era agora nossa preocupação. Algumas indicações foram discutidas, inclusive sobre o musical empolgante e irreverente do cantor David Bowie, produção anunciada e que vinha sendo sucesso de bilheteria. Mas, com o atraso de seu lançamento aqui no Brasil, optamos pela obra nacional “Inocência”, de Walter Lima Jr.

Aliás, foi uma sugestão nossa, indicando a importância de “Inocência” sendo uma produção brasileira dirigida por Walter Lima, baseada no livro de mesmo nome do Visconde de Taunay. Sob consenso dos presentes, foi então aprovada sua indicação. E o filme originava a fotografia assinada por Pedro Farkas, Lucy e Luiz Carlos Barreto, com música de Wagner Tiso. No elenco principal Fernanda Torres e Edson Celulari

Depois de todo esse tempo, com algumas paralizações de suas funções, o Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rêgo mudou simplesmente de lugar, saindo do grande auditório do mezanino para a sala só sua, com mais acomodação para o expectador. Suas atividades, hoje, vêm representando bem uma opção cinematográfica à sua clientela, inclusive dando destaque às produções brasileiras e paraibanas. Com o atual sistema agora implantado, o novo Cine Bangüê se reveste de maior importância como opção de lazer e entretenimento. Mais ainda, por se adequar às novas tecnologias de exibição de filmes.


Contando com o apoio da Academia Paraibana de Cinema, foi realizado no início desta semana, na cidade de Santa Luzia, no interior da Paraíba, o 2o Festival Talhado no Cinema. A APC se fez representar por seu presidente, professor João de Lima Gomes, que foi acompanhado dos associados João Carlos Beltrão e Fernando Trevas.

O festival concentrou homenagens ao feito de “Aruanda”, de Linduarte Noronha, destacando que foi em Santa Luzia, no Sertão do Seridó, sobretudo na Serra do Talhado, que o filme “Aruanda” realizado no ano de 1960.