O Romanço do Dinossauro há 45 anos

Equipe em sousa gravando o romanço do dinossauro.
Foto: Equipe em Sousa gravando O Romanço do Dinossauro.

O Vale dos Dinossauros de Sousa, no Alto Sertão da Paraíba, que até hoje representou um dos grandes motores para o turismo e a economia do lugar, é também muito importante para a cultura local. Fato que vem repercutindo no mundo todo, como uma das atrações relevantes para o nosso estado.

As “pegadas dos dinossauros em Sousa”, como são bem conhecidas, têm motivado muitas discussões em encontros culturais e em salas de aulas, e até em produções para o cinema. Eu mesmo tive participação numa delas como pesquisador, operador de câmera e codiretor, juntamente com o cineasta Pedro Jorge de Castro e o fotógrafo José Nilton da Silva, enquanto permaneci fazendo mestrado na Universidade de Brasília.

Conheci Pedro Jorge, que foi o meu orientador de tese na UNB, através do seu documentário “Brinquedo Popular do Nordeste”. Ficamos amigos e, posteriormente, na cidade de Sousa dirigimos juntos o curta-metragem “O Romanço do Dinossauro”. Uma realização toda gravada em suporte U-Matic para o Instituto Animatógrafo de Comunicação. Obra que foi seleção para o Festival de Cinema das Ilhas Canárias, na Espanha.

Com a vinda do cineasta Pedro Jorge à Paraíba, formamos aqui a nossa equipe e viajamos ao interior do estado, com apoio da Universidade Federal da Paraíba. Nessa época eu fazia assessoria de imprensa junto ao gabinete da professora Carmem Izabel Carlos Silva, na Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC), ainda na gestão do reitorado de Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque. E hoje, após todo esse tempo no vale, parece tudo igual, como foi recentemente mostrado em uma publicação recente.

O texto a seguir (grifado) extraí da abertura do nosso documentário realizado na cidade de Sousa em 1981: “Partindo de rastros deixados na lama petrificada, a Ciência tenta reconstituir a história dos dinossauros que habitaram o Vale do Rio do Peixe há cem milhões de anos e desvendar o mistério do seu desaparecimento. A imaginação popular mantém os dinossauros vivos na sua arte e no seu cotidiano. É sua maneira criativa de representar a realidade.” O leitor pode tomar conhecimento do nosso documentário através do YouTube, acessando https://www.youtube.com/watch?v=U9EQfXlAT5I


Como parte das atividades da semana de recepção aos calouros do Curso de Cinema da UFPB, a Academia Paraibana de Cinema esteve presente esta semana no Cine Aruanda, prestigiando o evento. A atriz Zezita Matos, ex-presidente da APC, fez a palestra de abertura, ressaltando a importância do acontecimento, que teve a presença dos acadêmicos Fernando Trevas e Matheus Andrade. Fez parte do evento o lançamento de livros e exibição de documentário.

Como parte da programação, o professor João de Lima, presidente da APC, lançou o livro “Doctv 20 anos: a revolução do documentário na TV pública Brasileira”, organizado por ele, Ruy Rocha e Sheila Accioly.