
Sempre foi assim. Por meio de uma ligação telefônica, conclamando-me a um novo evento seu ou simplesmente deixando uma publicação na portaria do prédio onde moro. Nossa amizade é coisa de tempos a se perderem de vista.
Esta semana não foi diferente, com mais um chamamento para a reedição de sua obra “Nova História da Paraíba – Das Origens aos Tempos Atuais”, editada pela Tamarindo, do amigo e historiador paraibano José Octávio de Arruda Mello. O lançamento está previsto para a próxima sexta-feira na Academia Paraibana de Letras. Evento que faz parte de um congraçamento entre muitas Academias de Letras, com exposições culturais e lançamento de livros, entre eles o do amigo Zé Octávio. O Encontro de Academias terá a presença de escritora e historiadora carioca Mary Del Priore. E segundo Octávio, “ela é uma renovadora de nossos estudos sociais, com as abordagens sobre crianças, mulheres e velhos. Muito divulga na Paraíba pelo Grupo José Honório, Del Priore torna-se autora, com o colega Renato Venancio, de inusitada Uma Breve História do Brasil”
Pois bem, nossa parceria vem de muito longe, e muitas de minhas reflexões sobre História da Paraíba foram motivadas pelo amigo e historiador José Octávio de Arruda Mello. Inclusive, quando assistimos ao filme de Machado Bitencourt “O Caso de Carlota”. Uma obra importante, que fez parte de uma programação do próximo Festival de Arte de Areia, cujo patrono desse ano foi o historiador areense Horácio de Almeida, um outro ícone paraibano.
Quanto ao Festival de Areia e ao próprio Zé Octávio, isso me lembra uma passagem nossa bastante interessante, lá pelos idos do início de oitenta, quando funcionário do Governo do Estado e fazendo assessoria na Diretoria Geral de Cultura (DGC), no Centro Administrativo, depois no antigo Grupo Tomaz Mindello, no centro da cidade, com Raimundo Nonato Batista. Naquela época (e jamais esqueci), disse-me Zé Otávio: “Alex, vamos dar preferência à prata da casa. Entendi o recado, justamente pelo fato de que o festival, até então, primava mais pelos valores não locais. Ciente de tão importante solicitação, convidei o cineasta Machado Bitencourt, com quem já vinha trabalhando, para participar do Festival de Arte de Areia pela primeira vez. Por essas e outras vezes, nossa “troca de figurinhas” tem sido amiúde. Mais recentemente, convidei Zé Octávio a fazer apresentação de meu livro Menino de cinema – Remake de uma vida, editado ela Ideia, ao que logo se prontificou.
APC exibe filmes no Centro Histórico
Numa parceria da Academia Paraibana de Cinema, Academia Paraibana de Letras e Associação Por do Sol Literário, duas obras audiovisuais serão exibidas nos próximos dias 24 e 25, a partir de 19h, na Rua Duque de Caxias, Centro Histórico de João Pessoa.
Américo – Falcão Peregrino, com direção de Alex Santos, e Amor Atonal, curta de Wills Leal, ganham exibição pública e promove um encontro entre a fisiografia de centro histórico da cidade, numa visão crítica com o passado. Haverá ainda a montagem de uma instalação intitulada “Wills Leal”, que será animada por estudantes do curso de cinema, audiovisual e de técnicos do NUDOC-UFPB, também solidários na parceria do evento.