Foi-se o interesse de criação do MCP

Encontro da cademia de cinema sobre o mcp com a reitora da ufpb, à época.
Foto: Encontro da cademia de cinema sobre o MCP com a reitora da UFPB, à época.

Acredito não existir nenhum óbice por parte da nossa classe, à criação de um Memorial cinematográfico paraibano. Seria uma providência muito bem-vinda e bastante interessante à própria Academia Paraibana de Cinema. Mesmo que essa pretensão já tenha sido anunciada anos atrás, por um órgão municipal de cultura, mas sem sucesso algum de realização. Esse é um tema sobre o qual já publiquei havia algum tempo, e hoje ele retorna motivado por uma indagação que me foi feita durante um encontro de cinema.

Fundamentada no interesse público e na importância que um memorial possa significar para a nossa cinematografia, sobretudo local, tempos atrás a Academia Paraibana de Cinema se articulou com as instituições públicas federal, estadual e municipal sobre o assunto. Expondo ideias e providências, que poderiam ser tomadas a respeito.

Oportuno salientar também, vezes outras foram “prometidas” pelo mesmo poder público providências para a implantação do Memorial do Cinema Paraibano, sob a chancela da nossa Academia. Ele teria a função de abrigar e ser responsável por muitos acervos que hoje existem, tanto públicos como particulares, sobre a História do nosso “cinema de província”. Exemplo do Cinema Educativo do Estado e o do cineasta Jureny Machado Bitencourt, dentre outros.

A Universidade Federal da Paraíba, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de João Pessoas já foram contatados inúmeras vezes. Promessas ficaram de que o MCP seria no Centro de Artes, que vinha sendo construído no campus da UFPB; que poderia ser no antigo prédio por trás da Igreja de São Bento Gonçalves, no varadouro. Até o Iphan foi contatado por mim, Willis Leal e membros do conselho da APC, à época, sobre o projeto para o memorial do cinema. E nada!

Durante um manifesto público o cineasta Lúcio Vilar, também membro da APC, disse da sua intenção sobre o assunto. Para Lúcio, à época diretor executivo da Funjope, seria uma forma de homenagear também o cineasta Linduarte Noronha (falecido naquela época), dando o nome do autor do documentário “Aruanda” ao Memorial do Cinema Paraibano.

À frente de um órgão municipal, realmente importante para a Cultura do Município e nosso cinema, Lúcio Vilar não insistiu na proppsta, infelizmente, sendo frustradas todas as nossas pretensões na concretização de um projeto, que traria mais fôlego às raízes do cinema paraibano. Agora, a pergunta que não quer calar: Será que a administração atual da Funjope e demais órgãos teria a mesma sensibilidade/disposição sobre a seriedade deste assunto?


Representando a Academia Paraibana de Cinema, o presidente da APC João de Lima Gomes participou, na sexta-feira passada, de uma mesa redonda na Fundação Casa de José Américo, para celebrar os “50 anos sem Virgínius da Gama e Melo”.

Coordenado pela professora e pesquisadora Lúcia Guerra, também da FCJA, o encontro teve ainda a participação dos seguintes integrantes: Ana Isabel de Souza Leão Andrade, Hildeberto Barbosa Filho e Neide Medeiros Santos.