Para que uma entidade de classe possa existir, representando bem seus integrantes e legado cultural, a condição “sine qua non” consiste no empenho de uma diretoria influente, dinâmica, que valorize e respeite a função para qual foi escolhida e eleita.
A Academia Paraibana de Cinema (APC), da qual tenho a honra de fazer parte, na condição de ex-vice-presidente, hoje, Conselheiro, tem se prestado a esse mister. Atualmente, nem tanto, por conta da indiferença e falta de adesão aos compromissos anteriormente assumidos, de grande parte de seus associados. Uma entidade fundada em dezembro de 2008, com o objetivo de realçar ainda mais as tradições de uma arte que tem sido adulta desde o seu limiar, no modo de existir, pensar e construir social e cinematograficamente a sua cultura. Entidade guardiã dos valores de um cinema paraibano, que se fez admirado e grande, sempre grande!, ao longo de sua história.
Em razão disso, não terá sido por menos que o escritor e historiador José Octávio de Arruda Mello, destacando a importância da APC para o cinema paraibano, certa vez ressaltou nossos feitos em publicação na imprensa, fazendo a seguinte indagação: “Liderada por Wills Leal e Alex Santos, qual a principal função da Academia de Cinema?” E assegurou: “Entendo que agir como fermento na massa em prol de um cinema que sempre faz pensar”.
Exitosos foram os projetos durante a nossa gestão. Propostas que se materializaram em publicações de revistas e boletins personalizados, além de informes os mais diversos através da mídia, premiações aos melhores filmes de curta e longa metragens paraibanos, dentro das celebrações do Dia Mundial do Cinema. Destaque para as parcerias com a Academia Paraibana de Letras (APL) e Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), onde gravamos o média-metragem produzido pela AS Produções, com parceria de membros da academia, Américo – Falcão Peregrino, obra premiada também pela APC.
Nos últimos tempos, uma das ações mais importantes da gestão na APC, já no comando do professor Moacir Barbosa, foi a criação da Sala “Antônio Barreto Neto”, também a incessante busca para a criação do Memorial do Cinema Paraibano. Moções e projetos foram apresentados neste sentido, junto a algumas instituições importantes do estado. Pleitos resgatados na gestão seguinte, pela atriz Zezita Matos, que normatizou muito bem o número de cadeiras da APC, que estaria fora dos padrões internacionais.
Hoje, não obstante o desdém da sua maioria de associados, a APC tem se mostrado atuante nesses anos todos, de difícil trajetória. Sob a chancela dos professore João de Lima Gomes e Mirabeau Dias, mesmo sem apoio público, institucional ou privado, conseguimos marcar presença nos diversos flancos da vida social, cultural e acadêmica da Paraíba. Muito ainda temos a mostrar nesses novos tempos de 2025, além de um “Informe-APC”, que publicamos sempre aos domingos, em A União, sempre parceira de nossos projetos.
Auguramos a todos, sucesso e dias melhores.