O cinema sempre me foi uma forte motivação, desde que vi as primeiras imagens projetadas numa tela, isso ainda muito novo, nos cinemas do meu pai. E no futuro, então, passei a criar alguns projetos ligados ao cinema, como cineclubes, por exemplo. Foi quando realizei meu filme em curta-metragem, “Arribação” (1969). Duas semanas foram suficientes para os trabalhos de filmagens, em plena região seca do sertão e no Curimataú paraibanos, na companhia de equipe técnica e dos atores Anco Márcio e Luíza Lacet. O apoio veio do amigo e ex-professor de Geografia José Cornélio, e do fotógrafo de still Adelino Viegas. Com sede na cidade de Tacima, a equipe saia todas as manhãs para a região do Curimataú, em busca das locações nos arredores da Pedra da Boca, na fronteira entre Paraíba e Rio Grande do Norte.
Dezembro de 1977, época em que o cinema paraibano se mostrava em evidência. A juventude discutia e produzia seus filmes sob as ondas da nova bitola, o Super-8, um formato de audiovisual a se disseminar a partir do 16mm e do sistema VHS. Mas foi realizando meu documentário de curta-metragem, com 13 minutos de duração, sobre as belezas naturais da praia de Lucena, na Paraíba, que ganhei meu primeiro prêmio de cinema. O da SUDENE, durante o Festival Brasileiro de Cinema, em Pernambuco.
Chegando naquela tarde ao Aeroporto dos Guararapes de Recife, vindo de Aracaju/Sergipe, onde inscrevera meu filme “O Coqueiro”, fui direto ao Teatro do Parque, centro da cidade, para também me inscrever. Foi onde tudo iniciou, ao conhecer aquela “jovem do Cinema Educativo”, que ali trabalhava. Foi afinidade à primeira vista. Tempos depois, estávamos juntos…
Transferida de seu curso de Direito na Universidade Católica de Recife, em Pernambuco, para o antigo IPE (Instituto Paraibano de Educação), que funcionava no Mosteiro de São Bento, na Avenida Visconde de Pelotas, próximo à Catedral, em João Pessoa, a jovem Lili concluiria o seu bacharelado no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba, onde eu trabalhava. Durante algum tempo ela foi a secretária do professor Milton Paiva, na Fundação Casa de José Américo, em Cabo Branco. Inscrita na OAB-PB, é posteriormente convidada para compor os quadros da Defensoria Pública do Estado, onde permanece até hoje. Mesmo exercendo uma função pública, jamais abdicou da sua condição de esposa e mãe. De nossa união, em um março futuro, nascia a pequena Alexa. Também em março, quatro anos à frente, chegaria um filho, este que completaria a tão esperada terceira geração dos Alexandres: do nosso pioneiro, “Seu Alexandre do Cinema”.
APC celebra Dia Mundial do Cinema
Organizado pelo professor João de Lima Gomes, com apoio da diretoria da Academia Paraibana de Cinema, a entidade celebrou na data de ontem, mais um Dia Mundial do Cinema. O evento aconteceu já em sua nova sede, na Avenida N. S. dos Navegantes, em Tambaú.
Na oportunidade, houve o lançamento de livro de cinema, bem como, anúncio do Edital das inscrições para concorrer às Cadeiras 2 e 37, ora vagas, que foram, respectivamente, dos acadêmicos Vladimir Carvalho e Carlos Aranha, falecidos recentemente.