Abro o artigo de hoje, conferindo vez à interjeição usada por minha filha Alexandra sobre a importância das boas recordações de vida, sobretudo de sua infância, na Apresentação do livro que fez sobre o centenário do seu avô, Severino Alexandre, que lançamos ontem (sábado) em Santa Rita. Afeição muito bem posta, que transcrevo em parte.
“Ah! As lembranças desta vida…
Como é farta a história, como é reconfortante a sensação do tocar o passado e dele extrair prazer e pertencimento!
Minha história é, data venia e em total deferência ao meu pai Alexandre (Alex Santos), autor desta obra, advogado, escritor, cineasta e querido professor, um MERO APARTE, uma simples referência, interferência na verdade, mas inquestionavelmente um privilégio, uma singular oportunidade de participar dessa reconstituição de fatos significativos da vida desse ser humano, que tudo faz ver ao mundo de forma única e extraordinária.
Neste relato de vida tão digno, este sim, de ser alçado ao ranking dos melhores scripts para CINEMA já escritos, não obstante nada tenha me confessado o autor sobre ser essa a sua intenção, tenho a dizer algo…
É impossível percorrer as páginas desta biografia, que reúne momentos das vidas de quatro gerações de ALEXANDRES, sem perceber, e de certa maneira se identificar, de algum modo, com os sabores e dissabores que aproveitam as personagens aqui descritas. Ficção ou não as narrativas (cabe ao autor declarar essas assertivas), elas nos despertam sensações, e vivenciamos com elas épocas e costumes que nos fazem sentir parte, nos fazem até situar nossas próprias existências.
Um século descrito sob uma ótica incrivelmente apurada, rica em detalhes e conteúdo, linguagem escorreita, realidade palpável e repleta do melhor dos temperos: A genuína sensibilidade da alma humana!
Tal característica inclusive pode ser facilmente identificada na própria natureza do autor e contribui para assentir como verossímeis as alegações apresentadas na obra. Um diferencial, certamente. Intimista por convicção e entusiasta da cultura por vocação, Alexandre (Alex Santos), o segundo, é capaz de retratar suas memórias de maneira muito clara e acessível, num contrassenso cheio de sentido e adorável!” Além de carinho e gentilezas contidos na sua apresentação do nosso livro, afirmo ter minha filha, Dra. Alexandra Cavalcanti Luna, adentrado bem no desígnio da obra que estamos lançando. Quanto ao livro, deve entrar nas livrarias já em outubro próximo.
APC recebeu doações na nova sede
Sob doação, a Academia Paraibana de Cinema recebeu esta semana diversas coleções, além de materiais de filmes e vídeos pertencentes ao professor universitário Rogério Moreira de Almeida, falecido em 2021. As doações foram oferecidas por sua viúva Yluska Regina Almeida. Todo acervo será oportunamente disponibilizado, após sua triagem, segundo informa o prof. João de Lima Gomes, presidente da APC.
Rogério Almeida, com era mais conhecido no meio acadêmico, além de professor exercia jornalismo como assessor de imprensa da reitoria da UFPB. Formado em Comunicação Social pela UFPB, fez Direito pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba, além de Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza e mestrado em Physical Therapy – New York University, e Ciências da Motricidade em Biociências, na UNESP-SP.