Areia, cinema, gastronomia e muitas histórias

Colegio Santa Rira Em Areia Onde Eram Realizados Os Festivais De Arte
Foto: Colégio Santa Rira, em Areia, onde eram realizados os festivais de Arte.

Julho é um mês que sempre me traz gratas recordações de vida. Sobretudo, de atividades em cinema. Também, de certos lugares que frequentava com amigos, repassando informações sobre a arte de luzes, sombras e muitos sonhos. E nesses tempos juninos de hoje, alguns eventos me fazem rever, de como foram prazerosas minhas idas e vindas à cidade de Areia, no brejo paraibano, justamente durante os seus primeiros festivais de artes, lá pelos idos iniciais da década de oitenta.

Esta semana, um desses eventos foi a abertura da Rota Cultural Caminhos do Frio, com locações dentro e fora do Teatro Minerva. Atividades reunindo música, teatro, “Cinema com Rapadura”, além de um festival gastronômico, que deverá ser o bon départda grande festa serrana. E aqui, então, entra o outro assunto de hoje, que trago ao conhecimento dos fiéis leitores desta coluna: a gastronomia.

E falando de guloseimas, tema que é um dos pontos altos da Rota Cultural de Areia, menciono de um outro “caminho” igualmente interessante, que sempre faço com minha família nos finais de semana, na busca de um lugar onde o bem-estar existe à toda prova. Além de uma excelente cozinha, bom atendimento e carinhosa recepção, sobretudo, são marcas permanentes do restaurante do amigo Romeu Lemos, localizado no bairro de Manaíra. Mas, a minha relação de amizade com o afável gourmet, Romeo Lemos, não apenas se restringe a uma orientação culinária, não. Ele nos faz vê-lo também, por suas iniciativas de empreendedor nas cercanias da encantadora cidade de Areia.

E retornando aos saudosos festivais de artes em Areia, onde o cinema teve sempre presença ilustre, assunto de interesse maior desta coluna – sem deixar de lado o tema gastronomia –, lembraria de um obras famosas e clássica da Sétima Arte: La Grande Bouffe (A Comilança). Interessante realização franco-italiana do diretor Marco Ferreri, lançada em 1976, com um elenco grandioso. Michel Piccoli, Philippe Noiret, Ugo Tognazi e Marcello Mastroianni são os comilões de uma noite cheia de surpresas.

Segundo a sinopse do filme, quatro senhores de meia-idade bem-sucedidos, um comandante de bordo, também um executivo de televisão, o outro em chef de cozinha, e um juiz vão para numa mansão comprada de um químico polonês, após o final da 2ª Guerra Mundial. Reunidos e abastecidos com quantidade enorme de comida, eles planejam comer até morrer. Uma comédia grotesca, porém, bastante divertida, que causou alvoroço na crítica daquela época. Revendo essa questão relacionada à gastronomia, como parte do programa da Rota Cultural de Areia, diria que, cinematograficamente, lembro das noites bem orvalhadas, “degustantes”, que convivi com amigos na brejeira e acolhedora Areia, após nossas atividades culturais, que eram sediadas no Colégio Santa Rita, centro da cidade.


Esta semana, com presença da Academia Paraibana de Cinema, o Projeto Estratégico Cinemateca Aruanda realizou, na sala de reuniões do CCTA da Universidade Federal da Paraíba, mais um debate sobre cinema. Dessa vez foi sobre o filme Sob o Céu Nordestino, de Walfredo Rodriguez. O evento teve o apoio de vários órgãos da UFPB, inclusive do Curso de Cinema e Audiovisual.

A Academia Paraibana de Cinema foi representada pelo seu presidente, professor João de Lima, que participou dos debates sobre o filme juntamente com Lorenzo Starling.