Fundada em dezembro de 2008, a Academia Paraibana de Cinema – que ganharia a rubrica APC –, adveio do desejo de uma geração amante da Sétima Arte, da qual sempre fiz parte, de assegurar ao nosso Cinema uma entidade que bem o representasse, artística e socialmente. Contudo, já não é novidade alguma, infelizmente, a nossa instituição vem se ressentindo, diria, de um olhar mais responsável e comprometido por parte da maioria de seus associados; até, de dirigentes de alguns eventos locais de cinema. Razão essa que, mais uma vez, carece de nova convocação a esses integrantes da APC.
A Academia Paraibana de Cinema reuniu sua diretoria, quarta-feira (22) passada, no Cine Mirabeau, no Bessa, sob a presidência de sua titular, a atriz Zezita Matos e membros do Conselho Diretor. Presentes ao encontro, o vice-presidente da entidade, prof. João de Lima, e os conselheiros Mirabeau Dias, Carlos Trigueiro. Durante a reunião, da qual fiz parte, oportunamente, foram rediscutidas questões relativas a atual gestão da APC, bem como, algumas providências a serem tomadas ao Dia Mundial do Cinema (28 de dezembro). Na ocasião também foi discutida a questão dos associados sempre ausentes das assembleias e encontros.
Malgrado o empenho e dedicação da atual gestão, a APC vem sofrendo com um notório desdém (execrável) de grande parte dos seus membros. São figuras consideradas de “notório saber em cinema”, mas continuam distantes dos seus reais compromissos estatutários com a instituição.
Por todo um passado glorioso do cinema paraibano, também por ter um acordo formal, institucional com a Sétima Arte, é que a Academia Paraibana de Cinema tem por importante finalidade o que preceitua, objetivamente, uma das cláusulas de seus estatutos: “Contribuir para o aprimoramento do cinema e mídias congêneres, como instrumento de divulgação dos valores humanos, culturais, científicos e artísticos;”
Advinda das predições de uma confraria de idealistas, a APC acosta-se às próprias tradições de ofícios de seus integrantes – jornalistas críticos de cinema, autores de livros, professores, produtores, diretores, atrizes e atores paraibanos –, que apreendem a Sétima Arte não apenas como uma forma real de entretenimento, mas como meio de ver e representar o mundo, as pessoas, seus desígnios e realizações. As tradições culturais da Paraíba, nos seus mais variados segmentos de artes, notadamente, em Literatura, Música, Teatro e Cinema, dentre muitos outros, me levam a crer, sempre, no imperativo de se ter instituições sérias que os ajuízem bem em seus legados. Empoderamento que viria de encontro às necessidades da representatividade, da importância e feitos de seus mais insignes pioneiros. Esse é o caso da Academia Paraibana de Cinema, da qual faço parte, honrosamente.
Conselho da APC indica medidas para 2024
Um novo calendário de atuações foi discutido atualmente pela Academia Paraibana de Cinema. Esta semana, sob a presidência da atriz e titular da APC, Zezita Matos, o Conselho-Diretor da entidade apresentou alguns projetos que podem ser viabilizados no próximo ano, pela futura gestão.
O professor Mirabeau Dias, um dos conselheiros presentes ao encontro, pôs em discussão duas propostas: a primeira, que diz respeito aos acervos de cinema e sua preservação, ainda existentes na Paraíba; e segunda, destinada à formação de alunos, através de cursos de cinema ministrados pela própria academia. Ações, que vão ao encontro do que preceituam os estatutos da APC.