Dia dos Pais em família, literatura e cinema

Foto: Atores Anthony Hopkins e Olivia Colman, no filme “Meu Pai”.

Um domingo como o de hoje, em que todo pai gostaria de ser lembrado, muitos não têm o privilégio que eu sempre tive. Família, filhos, literatura e cinema, desde que me entendi por gente, sempre foram o meu real universo mágico; motivador de vida saudável e mentalmente produtiva.

Em um domingo assim, há quatro anos atrás, lembro de um “mimo” literário que me foi presenteado, carinhosamente, por uma das filhas que também me faz sempre feliz. Expressara ela naquele 11 de agosto de 2019: “Pai, acredito que esta obra possa te ser útil como fonte de pesquisa, como ‘ideia’ para trabalhos futuros nestes moldes! Sempre contigo, feliz Dia dos Pais – Alexa”.

Pois bem. Revendo meus alfarrábios esta semana, como de costume, lá encontro O Livro do Cinema, uma antologia publicada pela DK Londres, aqui no Brasil editada pela Globo Livros, com mais de 350 páginas. Um verdadeiro “passeio” pela História Geral do Cinema. Obra que indicaria ao “cinemista” (ou, cinéfilo, como queiram) interessado pela Sétima Arte. Um livro digno do maior interesse, tendo como colaboradores os ingleses Danny Leigh, Damon Wise, entre outros autores, narrando desde a criação do cinema, no final do século XIX, com os franceses Irmãos Lumière e demais inventores ilustres daquela época.

Mas, como literatura e cinema caminham sempre juntos, então juntei as peças, porque naquele mesmo ano de 2019 estaria sendo também realizado, em Londres, o clássico filme Meu Pai (The Father). Uma coprodução franco-britânica, trazendo no elenco principal o ator Anthony Hopkins, numa das suas mais brilhantes mise en scène, em personagem que levaria o seu próprio nome (Anthony) e que lhe daria, merecidamente, o Oscar de Melhor Ator em 2021. Obra que assisti comovido, ligando-a ao livro que recebera de presente da minha filha Alexandra.

Meu Pai (The Father), dirigido e roteirizado pelo francês Florian Zeller, traz uma história realmente tocante. Morando sozinho em um apartamento no centro da cidade de Londres, Anthony é um cidadão com mais de oitenta anos de idade, que apresenta lapsos de memória e se recusa sempre a ser assistido pela filha Anne (Olivia Colman). É um filme que provoca algumas reflexões sérias sobre a idade avançada, trazendo uma narrativa algumas vezes confusa, do ponto de vista da estrutura de roteiro, carecendo do espectador uma atenção redobrada na leitura das distintas unidades que compõem a história. Precisamente, no que tange aos personagens que são mostrados através da visão confusa de Anthony. Não obstante isso, é um filme realmente comovente, principalmente em razão da atuação de Hopkins. Sinceramente, uma das mais brilhantes que já assisti do ator. Nesse filme ele se supera em naturalidade de gestos sobre suas próprias memórias. A atuação de Olivia Colman, como a devotada filha Anne, é algo também de destaque. Um filme a se assistir, aconselho, pacientemente. 


APC: Presidente é solicitada pela Sec. de Pilar

A presidente da Academia Paraibana de Cinema, atriz Zezita Matos, acaba de receber da Secretaria de Cultura da Cidade de Pilar, na Paraíba, um pedido de autorização para colocar seu nome, representando o Audiovisual, em um dos editais de cultura a ser lançado nos próximos dias. A presidente da APC agradeceu o convite, levando-o ao conhecimento do Conselho Diretor da entidade que preside, no encontro efetivado recentemente.

Um dos três editais, segundo a Secretaria de Cultura de Pilar, também levará o nome de uma das importantes obras de Zé Lins do Rêgo, Fogo Morto, que está completando 80 anos.