Esta semana, durante reunião de Diretoria da Academia Paraibana de Cinema, presidida pela atriz Zezita Matos e secretariada pelo vice-presidente João de Lima, da qual participei na condição de conselheiro, juntamente com Mirabeau Dias e Manoel Jaime Xavier, novamente foi discutida uma pauta que tem preocupado muito a presidência da entidade: a constante falta de presença de alguns membros nas assembleias e encontros da APC, sobretudo daqueles que formam o primeiro escalão da instituição.
Dentre os vários assuntos da pauta, discutiu-se também a possibilidade de se prestar um tributo ao escritor e fundador da Academia Paraibana de Cinema, Wills Leal, justamente no mês de novembro, exibindo no Cineclube da Fundação Casa de José Américo o documentário, Atonal e Visionário, realizado por Mirabeau Dias, com uma longa entrevista de Wills.
Ficou acertado ainda, durante a reunião deste final de semana, no Cine Mirabeau, bairro do Bessa, nesta Capital, que deve ser anunciada, antes de novembro próximo, uma convocatória para importante assembleia, quando serão definidos e anunciados, para votação online, os nomes dos integrantes que vão compor a chapa do próximo Conselho Diretor da APC. A mudança da presidência da entidade, atualmente exercida pela atriz paraibana Zezita Matos e pelo vice-presidente prof. João de Lima Gomes, se dará no final de dezembro deste ano, durante as celebrações do Dia Mundial do Cinema. Data que terá uma programação toda especial, evento previamente anunciado.
Retornando ao problema da falta de presença da grande maioria dos associados da APC às reuniões, esse é um fato que preocupou sempre aqueles que dirigem a instituição. Desde o início existe essa omissão por parte de alguns associados. Foi então que, formalmente, se decidiu rever o número de associados de 50 para 40 membros, o que é exigido internacionalmente às Academias. Decisão de reparo, que foi inclusive publicada no Correio das Artes, de A União, considerado um dos melhores feitos da atual gestão.
A rigor, não é de hoje que as instituições culturais expiam seus pecados, sobretudo por escolherem mal alguns associados aos seus quadros. Essa questão vem ocorrendo de havia muito, tornando difícil a afirmação e o pleno crescimento dessas entidades. O caso da APC não é único, infelizmente. E desde o seu início isso vem existindo, agravando-se ainda mais com o passar do tempo, o que faz lembrar idêntica situação, há décadas, da Associação dos Críticos Cinematográficos da Paraíba (ACCP), da qual também fiz parte durante a gestão do crítico e jornalista Antonio Barreto Neto (Barretinho). Nome hoje perpetuado pela Academia Paraibana de Cinema, como Patrono da Cadeira 18, cujo Ocupante é o crítico João Batista de Brito. O mesmo Barretinho que dá nome. Inclusive, à Sala da APC, inaugurada na gestão do presidente Moacir Barbosa de Sousa, de saudosa memória (foto).
APC seleciona filmes ao Cineclube da FCJA
Academia Paraibana de Cinema, representada pelo vice-presidente João de Lima Gomes e pelo jornalista Renato Felix (Cadeira 23 da APC), acabam de indicar, mediante sorteio, filmes da programação do Cineclube da Fundação Casa de José Américo, para a exibição até o final do ano: Dia 6 de setembro: “A roda da fortuna”, de Vincente Minnelli, sugestão do próprio Renato Felix; Dia 4 de outubro: “Lavoura arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho; Dia 1º de novembro: “Atonal e visionário”, documentário de Mirabeau Dias, que trata sobre o escritor Wills Leal; e Dia 6 de dezembro: “O último ônibus”, de Gillies MacKinnon. Todos os filmes serão exibidos com entrada grátis.