A História da Paraíba, de “lutas e resistência”, sempre foi para o cinema paraibano um motivo à boas imagens. Já nos meus primeiros anos de ginásio, muito bem influenciado pelas leituras no historiador Horário de Almeida, acenderam em mim as luzes da curiosidade sobre o nosso passado histórico e me fizeram debruçar sobre as bravas aventuras dos nossos ancestrais – os heróis nativos e a submissão de que foram vítimas por invasores holandeses, portugueses, enfim…
Tais narrativas me fizeram buscar, dentre os episódios acontecidos mais recentemente, aquele rotulado de Revolta do Quebra Quilos, acontecido em 1874. Movimento iniciado nas cercanias de Campina Grande, que desceu os contrafortes da Borborema até à Vila de Independência (hoje, Guarabira) e se espalhou por todo o Nordeste. Saga essa que documentei durante a gestão de Zenóbio Toscano na Prefeitura de Guarabira, se não me engano, lá pelos idos de 1982. Trabalho que me foi lembrado esta semana pelo amigo também historiador paraibano.
Na verdade, não só em Horácio de Almeida fui buscar subsídio histórico para as minhas realizações. Algumas delas premiadas nacionalmente. Tenho buscado também em um influente historiador, amigo meu de havia muito. Nele, venho encontrando auxílio à revisão dos meus parcos conhecimentos históricos. Seu nome, José Octávio de Arruda Mello, parceiro de imprensa e de algumas obras em cinema e audiovisual – Parahyba (curta multipremiado, que realizamos com Jureny Bitencourt); Parahyba: Saga e Cinema no Quarto centenário; Remake: A história de um reinício, entre tantos outros, sempre evocando a nossa trajetória histórica.
Tenho-o seguido em sua busca tenaz pela verdade dos fatos, escrevendo e publicando sempre, quer seja em livros ou pela imprensa, razão que me faz ver no amigo Zé Octávio uma espécie de guardião da História da Paraíba.
E esta semana, como é de costume nosso, mais um encontro proveitoso, no que diz respeito à reedição de uma das suas importantes obras: História da Paraíba – Lutas e Resistência. Livro cuja edição de 1995 me foi dado de presente pelo autor, justamente naquela época, e que traz inclusive a citação de meu nome entre os pesquisados, pelo meu também relato sobre Walfredo Rodriguez e a Cultura Paraibana. Obra publicada em 1989, pela EGN Ltda, resultado de um seminário que coordenei sobre um dos pioneiros do cinema paraibano, na Fundação Casa de José Américo de Almeida. Pois bem. Agora o parceiro Zé Octávio me traz mais essa boa notícia, de que está relançando História da Paraíba – Lutas e Resistência. Lógico, segundo me disse, uma obra revista e concentrada mais nos capítulos que tratam das nossas origens, ocupação, poderes e gestores políticos, na história paraibana. Parabéns e sucesso, parceiro!
APC: Zezita Matos em “palcos televisivos”
A presidente da Academia Paraibana de Cinema, atriz Zezita Matos, e o ator Fernando Teixeira, ocupante da Cadeira 15 da APC (Patrono Jurandy Moura) estão do documentário Em palcos televisivos, com direção de Fabiano Diniz. O longa-metragem foi premiado no Festival Aruanda, já estando com exibição na plataforma streaming do próprio festival. O longa, que se originou de um trabalho de pós-graduação na UFPB, com foco no teatro e no jornalismo paraibanos, traz declarações dos atores Zezita Matos e Fernando Teixeira, também de Edilane Araújo, apresentadora de tv.