Ao amigo que partiu, meu respeito e admiração!

Foto: Escritor e poeta paraibano Juca Pontes.|

O meio literário paraibano ficou muito triste, há uma semana atrás, com súbita partida de um de seus criadores mais influentes. Foi do sábado para domingo que ele se foi, não me dando tempo de reverenciá-lo. Faço-o, hoje… 

Ele foi uma pessoa muito íntima. Diria até, quase um irmão. E na semana passada o velho amigo recebeu as aleluias dos céus, alçou voo e partiu sem se despedir; mas sempre o consideramos também da família. Tanto que, para minha esposa Lili, ele continuava “uma pessoa sensível e respeitosa”.

Seu nome, Juca Pontes, um aliado nas veleidades culturais, sobretudo literárias. Razão pela qual sua presença está registrada em livro, que devo publicar, ainda este ano. Uma autobiografia sobre “Menino de Cinema”, cuja via de edição já estava confirmada pelo próprio Juca. Em um dos capítulos, trecho que transcrevo a seguir, a presença do amigo que se foi:

Recomeçar seria agora a palavra de ordem. De volta à João Pessoa, toda família de Alex Santos retoma sua antiga morada. Quase três anos fora do seu apartamento, que fora nesse período alugado a amigos do próprio prédio São Marcos, em Tambaú, algumas adaptações tinham que ser feitas. Mais ainda, com relação à acomodação das duas crianças, Alexa e Alexandre. Mas, aquela não seria uma manhã de domingo como tantas outras. Estavam de volta ao seu verdadeiro domicílio na praia. Já que a família de Alex tivera de acompanha-lo por dois anos, durante seu curso de mestrado em Comunicação e Cultura Contemporânea na Universidade de Brasília.

E foi nesse retorno ao São Marcos que Alex foi recebido pelo amigo Juca Pontes, que morava sozinho em um apartamento logo acima do seu. Amigo até hoje muito considerado pela família, inclusive pela esposa de Alex, Lili, que o tinha como uma pessoa sensível e respeitosa. Mas, o que os aproximou mesmo, antes, foi a música “Nikita”. Uma vez que Juca dispunha de vários discos de Elton John, especialmente em vinil. Isso motivava algumas visitas de Alex ao apartamento do amigo, para ouvir o cantor inglês. Por vezes, acompanhado do seu filho Alexandre, ainda pequenino, a quem Juca chamava de “barbudinho”, talvez, em razão do pai do garoto usar farto buço facial.

Anteriormente, Alex Santos fizera parte da Diretoria Geral de Cultura, do Governo do Estado, cujo titular era o teatrólogo Raimundo Nonato Batista, que futuramente seria o sogro de Juca Pontes ao se casar com a filha dele, a jovem Michele. Após essa união, Juca passou a residir em outro lugar, entregando o apartamento do São Marcos para sua família, de Campina Grande. Mesmo assim, a relação dos dois amigos continuou a mesma.

Esta semana, através de WhatsApp, que este colunista se comunicava sempre com o amigo Juca, soube do seu falecimento. Triste sentença de vida ao parceiro de tantos e tantos anos… Uma perda, igualmente, para as dezenas de amigos que deixou por esse mundo afora. Que Deus o tenha em bom lugar, meu amigo!


APC lembra trajetória de M. Bitencourt

A obra do cineasta paraibano Jureny Machado Bitencourt, que faleceu há 24 anos, neste mês de abril, foi apresentada na sexta-feira passada numa das aulas de Comunicação coordenada pelo professor João de Lima, na sede do Nudoc da UFPB.

Na ocasião foi exibido o documentário de 30 minutos, Revista de Cinema Paraibano, produzido pela TV Câmara/PB, que traz os depoimentos de dois integrantes da Academia Paraibana de Cinema, do próprio João de Lima e do cineasta Alex Santos. No curta, ambos fazem um breve relato da trajetória do sempre lembrado criador da Cinética Filmes de Campina Grande.