“Afluências” selecionado na mostra Em Curta

Foto: A video maker Iasmin Soares gravando uma das entrevistadas, em “Afluências”.

Sempre trago comigo a expressão “prata da casa”, para definir e valorizar aquilo que de melhor é feito e existe entre nós paraibanos. E esse olhar não seria apenas em razão do cinema, mas sobre outros segmentos de cultura e de artes aqui existentes.

Esse aforismo acima, cujo sentido seria o da real “paraibanidade”, ouvi pela primeira vez de um entusiasta do nosso teatro, parceiro dos tempos da Diretoria Geral de Cultura, Raimundo Nonato Batista. Enquanto coordenador geral do Festival de Areia, naquele início dos anos de 1980, e eu orientando o segmento de cinema, Nonato me solicitou para que eu desse prioridade aos valores locais. Coisa que eu já vinha fazendo, também na DGC, desde o seu antecessor, o historiador José Octávio de Arruda Mello.

Hoje, “prata da casa”, literalmente, é uma expressão que se justa muito bem, até me apraz, para definir a dedicação e o esforço de minha sobrinha Iasmin Soares, quando realiza um trabalho em audiovisual muito singular, trazendo o título de Afluências. Vídeo que já está na rede social (YouTube) à espera do seu like, para seguir participando do Festival de Cinema e Cultura Indígena – Em Curtas.

Em dezembro do ano passado, após integrar o laboratório de projetos audiovisuais do FeCCI, em Brasília, Iasmin concluiu o seu curta-metragem Afluências. Documentário autoral, escrito, roteirizado e também dirigido por ela, abordando os depoimentos de algumas mulheres indígenas, suas ações e afetividades, mas com foco no que se refere à “colonialidade do poder”. Foi selecionado, nacionalmente, e exibido no Cine Brasília, no Distrito Federal.

Na opinião crítica de muitos que o assistiram, é um audiovisual bastante sério e nada lúdico à valorização do gênero feminino. Pessoalmente, ainda leio Afluências com a visão sobre quem, na vida real, tem se ajustado a essa causa bastante nobre, que seria o caso da jovem Iasmin Soares. Mais ainda, quando usa de belos recursos de linguagens, acessando a Natureza das Águas (em plena afluência) como símbolo da atual resistência da mulher.

Agora, a jovem videomaker precisa do nosso apoio, em acessar o link de seu Afluências, na esperança de continuar no páreo de obras nacionais. Apelo que a própria Iasmin Soares deixa no WhatsApp: “Meu filme Afluências está participando da mostra Em Curtas. E para continuar nela ele precisa ter o maior número de curtidas lá no YouTube. Então, conto com vocês para deixar o like e compartilhar Afluências com todos.” Segue o link:

https://m.youtube.com/watch?v=vPV8YgcCs-4&pp=ygUVRW0gY3VydGFzIGFmbHVlbmNpYXMg. Então, por tudo que foi narrado acima, também apelaria à sensibilidade de paraibanidade dos quantos curtem bem as redes sociais, usando o francês para apelar: “donner um coup de main”. Melhor, a darem aquela mãozinha à Afluências.


APC: Acadêmico lança livro autobiográfico

O Teatro Santa Rosa foi palco mais uma vez à encenação teatral. Só que, no sábado passado, a peça foi lançamento do livro de um dos mais conhecidos atores paraibanos, Fernando Teixeira.

Com o alegórico título de “Trás Ontonte”, o livro é uma autobiografia do próprio Teixeira, que mesmo não tendo se referido em recente entrevista ao jornal A União que ocupa a cadeira 15 da Academia Paraibana de Cinema, cujo Patrono é o cineasta Jurandy Moura, sua passagem pelo cinema também foi importante. Parabéns pelo livro.