Bebendo da mesma fonte de cinema

Foto: Equipe de “Antomarchi”, durante as gravações (E) e na sua premiação.

Jamais seria novidade, nalgum instante da vida, refletirmos seriamente sobre os amigos e as parcerias deveras prazerosas que tivemos, quando das nossas ações com a moving art.

E rebobinando tais memórias como se fossem películas de cinema, diria que essas pessoas foram realmente parceiras, de longa convivência cultural, e que com elas podemos ainda contar, em razão de nossos projetos. Aliados que costumam “beber da mesma fonte” que nós, exaltando e reconstruindo marcos históricos de nossa urbe – sua cenografia, atores, costumes…

Guardo comigo um elenco invejável de parceiros, alguns já no “andar de cima” – meu genitor Severino Alexandre Santos, estoico pioneiro do cinema paraibano, também os bem lembrados João Córdula, Antônio Barreto Neto,  Machado Bitencourt, Anco Márcio, Rubens Moreira, Wills Leal, Linduarte Noronha, Moacir Barbosa de Sousa, eternizados pela Academia Paraibana de Cinema –, além dos atuais apoiadores dos nossos projetos cinematográficos.

Bastante longa é a relação de amigos que compõem ainda hoje o nosso “Filme”. E me sinto até constrangido em destacar nomes, para não ser injusto com a grande maioria deles. Embora existam alguns parceiros que nunca me fogem à memória, quanto o professor de História da Paraíba José Octávio de Arruda Mello, um parceiro de tantas jornadas “Parahybanas”, aniversariante recente sob aplausos da família e de amigos. Camarada do GJHR, parabéns!

Atualmente, alguns parceiros que comungam da mesma proposta que eu – distante de modismos desconexos à realidade, como o do “Multiverso” como forma de linguagem narrativa em audiovisual –, buscam sempre a valorização do que dispomos de mais real e singular, não menos expressivo cinematograficamente, que são as nossas cenografias urbanas e os costumes de seus “atores”. Citaria, inicialmente, nomes como o do meu filho Alexandre Santos, parceiro de sangue e de aventuras cinéticas; do “cinemista” de fato e médico Manoel Jaime Xavier Filho; do mémorialiste convicto Mirabeau Dias (Antomarchi); do especialista em Cultura Popular José Nilton da Silva, e do amigo de infância e cinema, projecionista Francisco de Assis Gabriel. Além de alguns de meus ex-alunos da UFPB e de outras universidades, exemplo de Joelma Cavalcanti, atriz e sempre assistente de produção nossa; do ator Ricardo Moreira, Marcelo Quixaba e tantos outros, que agora me fogem à memória… Afinal, essa é uma história a ser contada brevemente em livro, que ora concluo, com enfoques também sobre a nossa APC – Academia Paraibana de Cinema. Obra que resgata as minhas origens, filhos e família, de um modo geral, além do pioneirismo daquele que fez do cinema toda sua vida – o meu saudoso pai.


APC: Integrante debate o patrimônio histórico

Ocupante da Cadeira 12 da Academia Paraibana de Cinema, o professor aposentado Mirabeau Dias participou de um debate, quarta-feira passada, no Centro de Estudos Jurídicos e Sociais (Cejus), no Bairro dos Estados, em João Pessoa. “Igrejas e outros tesouros do nosso patrimônio histórico” foi tema do debate, que teve a participação do pesquisador do barroco, Augusto Moraes.

O acadêmico da APC Mirabeau Dias, um dos interessados no patrimônio histórico de João Pessoa, apresentou na ocasião uma série de fotografias da capital paraibana, desde o século 20 aos dias de hoje. Memórias que fazem parte do seu acervo privado.