“Américo” retorna à Fundação Casa de José Américo

Foto: Cena de “Américo”, com os atores Ricardo Moreira e Joelma Cavalcanti.

Na galeria dos poetas paraibanos, desde que iniciei estudos e pesquisas sobre eles – não por ser conterrâneo de um deles –, alcanço ver em Américo Falcão uma das nossas mais naturais expressões poéticas. Afirmo isso, em razão da majestosa Natureza não só praieira de que dispomos; não apenas de Lucena, a comunidade acoqueirada ao norte da Paraíba, na qual nasceu o insigne vate de tantos justos assomos poéticos sobre aquele paraíso marinho.

Não obstante os seus valores como pessoa humana, homem público que foi durante a presidência de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque à frente da Parahyba de então, além de advogado, dedicado à imprensa e jornalismo, sobretudo, no período 1920/1930, com a morte do seu “Comandante Maior”, Américo Augusto de Sousa Falcão (Cadeira 38 da Academia Paraibana de Letras) perde também a esposa. Assim, o “Poeta do Mar”, como era muito conhecido, deixou-se ofuscar pela fatalidade. Submergindo no sofrimento e na dor como os “Náufragos”; um de seus belos poemas.

Contudo, sua saga vem de ser hoje contada, fielmente, pelas imagens de um respeitoso audiovisual sobre sua vida: Américo – Falcão Peregrino. Obra cujo único desígnio de seus realizadores foi o de tornar ainda mais conhecida a imagem do insigne poeta, dentro e fora da Paraíba.

Em julho deste ano, junto aos familiares do poeta, o neto André Falcão e a historiadora Marta Falcão, mas, sob a curadoria de Denise Sales do Instituto Américo Falcão de Lucena, foi realizada a exposição “Pintando Poesias” no Centro Cultural da Pampulha, em Belo Horizonte/MG, a convite da instituição mineira. Nessa ocasião foi exibido Américo – Falcão Peregrino, apresentado e debatido pelos participantes do evento.

Premiado como Melhor Média-Metragem Paraibano de 2015, pela APC – Academia Paraibana de Cinema, “Américo” retorna à Fundação Casa de José Américo na próxima terça-feira (22), como parte da programação conjunta entre a FCJA, sob o comando de Rejane Ventura, e o ICAF de Lucena, que tem como representante Denise Sales e o neto de Américo, André Falcão.Américo – Falcão Peregrino retorna à Fundação Casa de José Américo, justamente em um final de ano, quando, em 2015, houve de ser premiado e exibido dentro da programação do Cineclube daquele importante centro de cultura paraibano. À época, presidido pelo hoje Secretário de Estado Damião Ramos Cavalcanti, que fez a apresentação da obra, conjuntamente com João Batista de Brito, abalizado crítico da Sétima Arte.


Paraibano premiado em festival de Los Angeles

Academia Paraibana de Cinema se congratula com a produção e direção do longa-metragem Sol, que tem a direção de Lô Politi, e que deu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, no Festival de Cinema de Los Angeles, nos Estados Unidos, ao ator paraibano Everaldo Pontes, irmão da atriz Zezita Matos, atual presidente da APC. Dois curtas paraibanos também participaram do festival: Cercas, de Ismael Moura, com a atuação de Zezita Matos, e O Pato de Antonio Galdino, premiado o Melhor Curta-Metragem brasileiro, no mesmo festival.

Mas, o destaque terá sido mesmo para o ator paraibano Everaldo Pontes interpretando o velho pai Teodoro, numa relação conturbada com seu filho (Rômulo Braga), mas que tem na netinha Duna (Malu Landim) o afeto que tanto lhe faltara. São obras paraibanas que merecem ser vistas e exaltadas.