
Muita coisa estranha vem acontecendo nesse mundo. Dizem até que, em verdade, o mundo estaria atualmente viradinho de cabeça pra baixo; e vem acontecendo coisas que “até Deus duvida!”
O fato é que, se repararmos bem, muitas das bizarrices que advêm hoje em dia, estão ligadas sobretudo às artes. Daí a razão da classe artística está se mobilizando em todo o país, buscando dar um freio, inclusive, nessa falta de respeito do poder público central para com as artes de um modo geral. Mas, não é só nos governos as estranhezas, não.
No cinema, note-se, desde que a movie art virou produto “comestível” (sic), muitas esquisitices vêm acontecendo. E imagine só, uma simples sessão de cinema agora fazendo parte de um “combo” de produtos alimentícios, com a finalidade de se baratear o preço do habitual ingresso nas salas de exibição cinematográfica…
A atual Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (FENEEC), como se já não bastasse a vinculação do ingresso de cinema à pipoca e ao refrigerante, como uma forma de “baratear o cinema”, algumas empresas exibidoras de um shopping local inovaram ainda mais. Através de sites oferecem regalias na aquisição de “combos”, em que o valor do ingresso passaria a ser de R$ 19, com direito à comilança. Embora na oferta exista uma certa limitação ao consumo. Nesse caso, imagino, antecipando preocupações de excessos daqueles que estariam acometidos, ainda, da Covid-19.
Não é gozação, não! Algumas empresas dizem até os mililitros que você deve engolir de “refrí”, pagando mais um pouquinho. – “pipoca média com dois refrigerantes de 500ml custa R$ 29 reais” – Isso, sem falar dos pomposos hamburguers… Anunciam elas!
Durante toda minha vida, que me lembre, jamais vi tamanho incentivo à “obesidade cinematográfica”. Pior, ainda: de Cinema sendo vendido à granel! Só mesmo em nações de políticas nacionais públicas confusas poderia existir coisas assim… O Mercado Cinematográfico independe desse método de pura comilança. Mesmo reconhecendo que rolete de cana de açúcar e milho assado sempre fizeram parte da tradição dos “cinemas de rua”, porém, de forma não imposta, como está sendo agora oferecido pelos cinemas de shopping. Mas, pelo andar da carruagem, o retorno dessas remotas iguarias parece ser uma questão só de tempo…
Cinema & comida me lembra a comédia bizarra La Grand Bouffe (1973), que no Brasil recebeu o título de A Comilança. Uma produção franco-italiana dirigida por Marco Ferreri. O filme é um verdadeiro “banquete”! As carnes dão até em galhos de árvore, tão grotesca e hilária é a proposta da direção. De qualquer modo, tudo vale no mercado de consumo. Mesmo situações grotescas como essas, quando empresas exibidoras de filmes buscam a todo custo recuperar um mercado, que, estranho, precisa usar de recursos os mais bizarros para tentar se recuperar de uma nacional crise social e econômica.
APC parabeniza a premiada atriz Marcélia Cartaxo
Em recente entrevista ao jornal A União, a atriz e ocupante da Cadeira 33 da Academia Paraibana de Cinema, Marcélia Cartaxo, informou que seu mais recente filme, A Mãe, será lançado nos cinemas de João Pessoa no início de novembro. O filme lhe rendeu dois prêmios de Melhor Atriz nos festivais de Vitória/ES e de Gramado/RS.
Ainda, na entrevista ao jornalista Guilherme Cabral de A União, Marcélia disse já está participando de uma produção pernambucana, com base na escritora Clarice Lispector. Atualmente, ela atua no seriado da Netflix, Só se for por amor, ao lado da paraibana Lucy Alves.