Diamantes são eternos na Ciência e no Cinema

Foto: “Diamante Azul, um símbolo na vida e no cinema”.

Em conhecimento abalizado, portanto, científico, “Tão antigos quanto os Continentes perdidos da Terra, os cristais de rocha – Quartzo – são arquivos cósmicos que guardam segredos e conhecimentos de antigas civilizações. Os cristais seriam mensageiros à Nova Era de Aquário, instrumento poderoso para o Homem aprender com o passado e preparar o futuro.”

Sob essa máxima existem também coisas e fatos que se complementam, fazendo com que acreditemos ainda mais no tal fenômeno da coincidência. E não é segredo algum, para aqueles que me conhecem bem, que sou aquariano e resido em um Diamante Azul. Portanto, moro em um cristal. Motivo de sobra para que, por oportuno, uma réplica de diamante brindasse eu à minha esposa Lili, quando no Bessa passamos a morar. Uma bela joia, não nos reais quilates já consagrados, mas um pequeno lustre cristalizado na forma de blue diamond.   

De tal modo que, não sem razão, fiz reluzir ainda mais esse cristal como metáfora em outras ocasiões: primeiro, em “Elipse – A Idade do Cinema”, curta-metragem que realizei lá pelos meados da primeira década deste século, sendo exibido sob curiosidade e posteriores elogios dos quantos presentes à sala de projeção do amigo Mirabeau Dias.

O audiovisual, que é uma ode ao próprio cinema, abre sua narrativa com uma homenagem, visualmente mais que expressa, à obra antológica “2001: Uma odisseia no Espaço”, em que faço jus à figura do nobre cineasta – não faz muito tempo falecido – Stanley Kubrik. Em “2001”, ele abre seu filme com o seguinte algoritmo: “A aurora do homem”, na cena em que explica o alvorecer da geração humana na Terra, simbolizada numa performance de macacos.

Em nossa “Elipse”, abrimos a narrativa com uma expressão não menos honrosa ao cineasta norte-americano: “A aurora de Kubrik”, no despertar de um dia qualquer, mostrando alguns poucos primatas assolados pela luz de uma enorme tempestade de raios. Um desses raios atinge uma rocha próxima aos símios, transformando parte dela num amplo e espelhado cristal. Entrementes, de forma curiosa, embevecido com o tamanho brilho, um dos símios tenta tocar com o dedo, algumas vezes, o cristalino na rocha; conseguindo… E numa elipse de tempo, aquela gênese selvagem vai se transportar ao Renascentismo e à famosa obra de Michelangelo – A Criação de Adão. Portanto, uma real concepção estética sobre o Criador e sua criatura; por conseguinte, o Homem.

Pois bem, havia algum tempo, lendo Maurice Leblanc, em Arsène Lupin contra Herlock Sholmes, detetive francês, cujo nome nada mais é que um backup do detetive inglês, Sherlock Holmes, me deparo, à página 38 (sem que deseje ter o mesmo “infortúnio” do Barão d’Hautrec, por possuir um diamante azul), com um capítulo bem peculiar: “O Diamante Azul”. Mais um dos lances contados por Leblanc sobre Lupin, continuação do primeiro livro, em que o pérfido agente francês é confundido com o “ladrão de casaca” (lembremos, pois, de Hitchcock). Aliás, “Lupin” é tema de um seriado da Netflix, que vi e comentei anteriormente nesta coluna, cujo novo capítulo deve ser lançado no início do próximo ano.  Como se nota, Ciência, Cinema e Diamante Azul devem ter tudo a ver. Que afiance, então, o amigo Mirabeau. Mais ainda, quando se sabe que, até o próprio 007 (“Bond… James Bond!”) andou confirmando no seu filme que, “Os diamantes são eternos”.


APC – NOTA

Domingo passado, por engano na digitação, dissemos que “API lembra o pioneirismo de seu patrono”, quando na verdade o Patrono é da Academia Paraibana de Cinema. Trocou-se o APC pelo API. Pelo que pedimos desculpas. Preservação Audiovisual – Academia Paraibana de Cinema, junto com Fundação Casa de José Américo, Nudoc/UFPB e Festival Quipauá, realizaram na tarde da quinta-feira passada uma “Oficina Técnica” virtual, com o diretor do MAM Hernani Heffner. O encontro que foi também virtual, teve mediação da presidente da APC Zezita Matos e colaboração do prof. João de Lima.