“Lupin” abre expectativas para sua nova temporada

Foto: “Ator francês Omar Sy encarna o personagem Assane Diop , em Lupin”.

Assisti à primeira temporada de cinco capítulos do seriado “Lupin”, pelo streaming, e gostei. Sua estreia pela Netflix, na primeira semana de janeiro, pelo que sei, deixou expectativas em muita gente, que aguarda sua segunda temporada. Quem sabe, não tenha ficado também em mim um “gostinho de quero mais”, em seguir as proezas desse gentleman cambrioleur?

Seriado baseado no livro “Arsène Lupin” do romancista francês Maurice Leblanc, autor que mistura as experiências de um ladrão de casaca com as de detetive, ao mesmo tempo. Segundo dizem, bem ao estilo de um personagem bem conhecido de todos – Sherlock Holmes. Mas, há controvérsias sobre essa tal relação. Mesmo porque, no caso do detetive inglês ele apenas combate os crimes. Contudo, há quem afirme que o seriado “Lupin” tenha se inspirado nesse super-detetive de Arthur Conan Doyle. Até mesmo na série “Mistérios do Detetive Murdoch”, cuja ação se passa em Toronto, no Canadá, no final do século dezenove, já estando na sua décima terceira temporada no canal 544, onde vi também alguns de seus capítulos.   

O certo é que nada é mais francês que “Lupin”, ao abrir suas cortinas em pleno Museu do Louvre de Paris. Uma noite em que a maior expectativa do público endinheirado ali presente é pela exposição de uma joia singular, um colar de milhões de euros, e que pertenceu à Rainha Maria Antonieta, que foi guilhotinada juntamente com o rei em praça pública, poucos anos depois da Revolução Francesa de 1789.

Mas “Lupin” contempla mesmo é a figura central criada por Leblanc. A direção conjunta de Ludovic Bernard, Marcela Said e Louis Laterrier conduz a narrativa mesclando em flashback (passado-presente) o tempo todo, vez que o protagonista Assane Diop – interpretado pelo ator negro francês Omar Sy – é descrito também em sua adolescência, quando então seu pai é acusado de roubo da mesma joia (colar) da rainha por um milionário parisiense para quem trabalha, e mesmo inocente é assassinado dentro da prisão. Daí pra frente, a trajetória de “Lupin” é só sombras de vingança pelo filho Diop. Anos depois, tornando-se um expert e elegante tricheur parisiense, cabedal que ganhara do livro “Arsène Lupin”, presenteado quando jovem pelo seu pai.    Quiçá, influenciado pela obra de Maurice Leblanc, livro publicado no início do século passado, Alfred Hitchcock tenha realizado seu “Ladrão de Casaca” (1955), após longa carreira cinematográfica de mais de vinte anos como diretor nos Estados Unidos. Isso, após sua saída de Londres. Seu filme se passa na Riviera Francesa, em cenário exuberante e em um resorte de luxo, como era natural de Hitchcock, e tem como tema também as espertezas de um ladrão de joias, interpretado pelo ator Cary Grant e a bela Grace Kelly, em seu último trabalho no cinema. Em seguida, Grace casou-se com um lorde do principado de Monte Carlo, no Sul da França, ganhando então o porte de Princesa de Mônaco, para enlevo de muitas garotas-fãs do cinema romântico daquela época.


APC reúne sua diretoria próxima quarta

A presidência da Academia Paraibana de Cinema deve reunir sua diretoria na próxima quarta-feira (03), às 16 horas, através de virtual meeting, tendo como pauta uma série de informes pertinentes às atuais atividades da academia.

A atriz Zezita Matos, presidente da entidade, juntamente com sua diretoria, tem buscado implementar uma série de ações relacionadas ao cinema, inclusive no plano acadêmico, segundo informou seu porta-voz, o prof. João de Lima.