O cinema paraibano além-fronteiras

Obras Citadas Numa Tese Da Universidade De Sao Carlos Sp
Foto: Obras citadas numa tese da Universidade de São Carlos-SP.

Revendo alguns informes sobre a história do nosso cinema, aquilo que já foi produzido até hoje, publicado em livros, revistas e artigos, não menos em teses acadêmicas de algumas universidades brasileiras, novidade alguma nos causa encontrar sua acuidade no cenário cinematográfico nacional. Não que se tenha a pretensão de querer encontrar o ouro da “agulha no palheiro”; não terá sido isso. Mas, de saber em que mundo o nosso cinema paraibano vem assinalando presença. E pelo que tenho pesquisado e visto…

Provado está, sua grande importância além-fronteiras “parahybanas”. O que nos enche não só orgulho, mas de interesse e compromisso, ainda mais, em fazê-lo vivo. E usando alguns caminhos acadêmicos, sobretudo em relação aos cursos atualmente existentes de Cinema, Audiovisual, imagens digitais e tantos outros, encontraremos em seus conteúdos, sempre, alguma referência ao cinema paraibano.

Revestido de novos enfoques e conceitos, o nosso cinema já não existe como o de antigamente. A própria tecnologia o fez mudar de aparência. Quer seja filosófica, estética ou contextualmente. A prova disso é a transferência de abordagem temática, deixando mais de lado a sua real tradição documental, para mergulhar nos temas ficcionais e pirotécnicos, eletronicamente.

Há quem justifique essa mudança, usando de opiniões não verdadeiras, afirmando que tudo se deve, só, ao fechamento de salas de cinema nos bairros da cidade, ou coisa parecida. Isso não releva a verdadeira causa, que estaria, realmente, no advento das redes sociais e na abertura de salas exibidoras dos shoppings. A digitalização da imagem nos meios de produção, recurso que veio prá ficar, tem facilitado muito a individualidade criativa. Até as formas de tratamento temático e narrativo.

Mas, uma coisa é certa, a tradição do cinema paraibano é imorredoura. Digo isso baseado nos registros que temos encontrado, sobretudo nas teses acadêmicas, que defendem a fase mais criativa do nosso cinema, a partir do Documentário e de suas próprias publicações; das quais faço parte.

Recentemente, pesquisando na Internet, em especial o meio acadêmico, sobre o que se tem registrado sobre o cinema paraibano, deparo-me com um trabalho de tese, na universidade paulista de São Carlos. Lá, são mencionadas algumas de nossas publicações. São transcritos inclusive textos, em que estão claras as referências sobre o nosso cinema, tanto o tradicional como o atual. À guisa de informação, em mais de uma tese encontrei citações de livros que já publiquei: Cinema & Revisionismo, Cinema e Televisão – Uma relação antropofágica (tese na UnB), Walfredo Rodriguez e Cultura Paraibana, entre outros.


Com a participação de representantes do Instituto Federal de Educação da Paraíba e da Universidade Federal de Pernambuco, o presidente da APC – Academia Paraibana de Cinema, prof. João de Lima coordenou o terceiro dia de debates sobre a revista “Era Nova na Paraíba – História da Imprensa e Memória Gráfica”.

O evento aconteceu no auditório da Fundação Casa de José Américo, em Cabo Branco, na sexta-feira passada pela manhã, com uma mesa para discutir o tema “Ilustração, projeto gráfico e discurso visual na história da Imprensa”. A presidência da Academia Paraibana de Cinema se congratula com a FCJA, pelo evento.